Romi: a carteira de pedidos registra 225,4 milhões de reais neste segundo trimestre (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A Indústrias Romi encerrou o segundo trimestre de 2010 com receita operacional líquida de 167,6 milhões de reais. O valor é 61,1% superior ao do segundo trimestre de 2009. O lucro líquido foi de 15,2 milhões de reais no período, resultado melhor que o apresentado no mesmo trimestre de 2009 (0,5 milhão) e 44,1% maior que o apresentado no primeiro trimestre de 2010, de 10,6 milhões de reais.
No segundo trimestre de 2010, a empresa registrou o crescimento de 81,3% na entrada de pedidos sobre o mesmo período de 2009, decorrente dos efeitos da crise financeira naquele momento, segundo a Romi. A empresa também creditou o maior volume de vendas de máquinas ao desempenho comercial de seus produtos na Feira Internacional da Mecânica, ocorrida em maio.
A carteira de pedidos registra 225,4 milhões de reais neste segundo trimestre, um crescimento de 7,7% em relação ao trimestre anterior e de 133,4% em relação ao segundo trimestre de 2009. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 23,7 milhões de reais no trimestre - valor 227,3% maior do que o obtido no mesmo período de 2009. No semestre, essa variação foi de 1.675,2%.
Mais demanda
O crescimento da demanda por bens de consumo levou a um forte aquecimento na receita de máquinas para plásticos, segundo a empresa. Essa receita registrou um aumento de 86,2% em relação ao trimestre anterior.
A Romi destacou que os aspectos que impulsionaram a recuperação no último ano se mantêm. Entre eles, estão a redução da taxa de juros para investimento em capital fixo, promovida pelo BNDES em julho de 2009 e prorrogada até dezembro de 2010, e a melhora do nível de confiança da indústria.
Os investimentos no segundo trimestre de 2010 totalizaram 8,1 milhões de reais, o que representa um aumento de 3% sobre os valores investidos no mesmo trimestre de 2009 (7,9 milhões de reais). Em 2010, os recursos foram destinados, basicamente, para a manutenção do parque industrial, segundo a empresa.
Exterior
Considerando o acumulado nos seis primeiros meses de 2010, a receita operacional líquida da Romi foi de 312,8 milhões de reais e superou em 73,9% a receita operacional líquida obtida no primeiro semestre de 2009.
Nesse trimestre, a receita no mercado externo alcançou 15 milhões de reais, com crescimento de 9,7% em relação ao mesmo trimestre de 2009 (13,7 milhões de reais). A receita no mercado externo da Romi representou 9,0% da receita operacional líquida, em comparação aos 13,2% do 2T09.
As exportações representaram, no segundo trimestre, 9% da receita (a porcentagem foi de 13,2% no mesmo trimestre de 2009). No primeiro semestre de 2010, as exportações representaram 8,4% (14,6 milhões de dólares) da receita operacional líquida, em comparação com 17,3% (14,4 milhões de dólares) do mesmo semestre do ano anterior.
No semestre, a Europa representou 59,2% (e 55,9% no primeiro semestre de 2009), os Estados Unidos representaram 33,1% (e 34,4% no mesmo semestre de 2009), a América Latina 7,0% (e 8,9% no mesmo semestre de 2009), e outros países 0,7% (e 0,8% no mesmo semestre de 2009).
O resultado financeiro do primeiro semestre foi impactado pela variação cambial do caixa no exterior, segundo a Romi. No primeiro trimestre, a empresa remeteu para sua conta bancária, em Nova York, o montante de 74 milhões de dólares e, no segundo trimestre, efetuou o envio de mais 18 milhões de dólares, totalizando 92 milhões de dólares.
"A estratégia de enviar esse valor para o exterior foi decorrente do alto custo de hedge e da disponibilidade de caixa da companhia. O montante é para suportar a aquisição de empresas no exterior, quando estas ocorrerem", informou a empresa em seu balanço.