Rolls-Royce planeja ingressar em mercado de táxi aéreo
O projeto será exibido em formato digital na feira de aviação britânica de Farnborough, que começou nesta segunda-feira
Reuters
Publicado em 16 de julho de 2018 às 14h56.
Última atualização em 16 de julho de 2018 às 14h57.
Farnborough - A britânica Rolls-Royce desenvolveu um sistema propulsor para táxi voador e está começando a buscar parceiros para ajudar a desenvolver o projeto que espera levantar voo na próxima década.
A companhia elaborou planos para um veículo elétrico vertical de decolagem e aterrissagem (EVTOL, na sigla em inglês), ou táxi voador, que pode carregar quatro a cinco pessoas e desenvolver uma velocidade de até 400 quilômetros por hora por cerca de 800 quilômetros.
A Rolls-Royce, que fabrica motores para aviões, helicópteros e navios, se junta a uma variedade de companhias que empenham esforços para desenvolver táxis aéreos, que podem revolucionar o modo como as pessoas se locomovem pelas cidades.
O que foi por muito tempo material de ficção científica, líderes da indústria da aviação e de tecnologia estão trabalhando para tornar os táxis aéreos alimentados a energia elétrica uma realidade. Os esforços incluem a europeia Airbus, a brasileira Embraer, o serviço de transporte por aplicativo Uber e uma série de startups, sendo uma apoiada pelo cofundador do Google, Larry Page, chamada Kitty Hawk.
O projeto da Rolls-Royce será exibido em formato digital na feira de aviação britânica de Farnborough, que começou nesta segunda-feira.
Em comunicado, a empresa disse que estava bem posicionada para desempenhar papel central no mercado de "mobilidade aérea pessoal".
"O conceito inicial do veículo usa tecnologia de turbina a gás para alimentar seis propulsores elétricos especialmente desenvolvidos para ter perfil de baixo ruído", disse o grupo, acrescentando que o projeto usa a já existente turbina a gás M250.
O projeto da Rolls Royce não exige recarregamento da energia elétrica porque a bateria é carregada pela turbina a gás, informou a empresa, ressaltando que o projeto pode usar a infraestrutura existente, como heliportos e aeroportos.