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Revista Seleções pede proteção contra falência nos EUA

Com mais de 90 anos de história, empresa quer diminuir dívida milionária em plano de reestruturação

Revistas Reader's Digest, publicadas no Brasil com o nome Seleções: editora pediu concordata para arrumar a casa (Ralph Hockens/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 10h31.

São Paulo - Dona da icônica revista Reader's Digest, a holding RDA entrou com pedido de falência nos Estados Unidos. Segundo informações da Bloomberg, a companhia quer cortar 465 milhões de dólares em dívidas e concentrar esforços na operação americana.

Com escritórios em 42 países, a RDA (Reader’s Digest Association) publica 75 revistas. A menina dos olhos da empresa, no entanto, atende pelo nome da companhia: a Reader's Digest, que circula no Brasil com o nome de Seleções, tem edições em 49 países com um público de 25 milhões de pessoas. É a revista com maior circulação global, considerando sua presença em diversos mercados.

Sua história vem de longa data: após perder o emprego na Webb Publishing Company, em Minnesota, William Roy DeWitt Wallace decidiu investir na publicação de uma série de artigos em um único veículo. Sua mulher, Lila Wallace, trabalhou com ele como editora da publicação. Em 1921 nascia a Reader's Digest. Em 1989, a RDA anunciou os planos de abrir capital na bolsa de Nova York.

No Brasil, a revista começou a ser publicada em fevereiro de 1942. A circulação da Seleções no país bate em 317.647 exemplares por mês, segundo dados do IVC para o perído de janeiro a maio de 2012.

Planos

Não é a primeira vez que a empresa pede proteção contra falência, um recurso comum nos Estados Unidos em meio a reestruturações corporativas. A RDA enveredou pelo mesmo caminho em 2009, alegando queda na receita com publicidade. Dois anos antes disso, o controle da empresa havia sido comprado por um grupo de investidores liderado pela empresa de private equity Ripplywood Holdings. O valor da transação chegou a 1,6 bilhão de dólares, com a assunção adicional de 800 milhões em dívidas.

Agora, a RDA quer diminuir o tamanho de suas pendências para 100 milhões de dólares sob a assessoria financeira da Wells Fargo. "Estamos em um processo contínuo de simplificar e racionalizar o nosso negócio internacional por meio do licenciamento a terceiros, outras editoras e investidores. Essa tem sido uma grande parte do nosso esforço para dinamizar a empresa e captar recursos para amortizar nossa dívida", disse o CEO da RDA, Robert Guth, em entrevista à imprensa ontem.

A mudança de rumos acontece em um momento de redefinição do negócio, com o declínio nas vendas de revistas impressas. Durante o mês de dezembro, a edição digital da Reader’s Digest foi mais bem sucedida que a tradicional versão para bancas no mercado americano.

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São Paulo - Dona da icônica revista Reader's Digest, a holding RDA entrou com pedido de falência nos Estados Unidos. Segundo informações da Bloomberg, a companhia quer cortar 465 milhões de dólares em dívidas e concentrar esforços na operação americana.

Com escritórios em 42 países, a RDA (Reader’s Digest Association) publica 75 revistas. A menina dos olhos da empresa, no entanto, atende pelo nome da companhia: a Reader's Digest, que circula no Brasil com o nome de Seleções, tem edições em 49 países com um público de 25 milhões de pessoas. É a revista com maior circulação global, considerando sua presença em diversos mercados.

Sua história vem de longa data: após perder o emprego na Webb Publishing Company, em Minnesota, William Roy DeWitt Wallace decidiu investir na publicação de uma série de artigos em um único veículo. Sua mulher, Lila Wallace, trabalhou com ele como editora da publicação. Em 1921 nascia a Reader's Digest. Em 1989, a RDA anunciou os planos de abrir capital na bolsa de Nova York.

No Brasil, a revista começou a ser publicada em fevereiro de 1942. A circulação da Seleções no país bate em 317.647 exemplares por mês, segundo dados do IVC para o perído de janeiro a maio de 2012.

Planos

Não é a primeira vez que a empresa pede proteção contra falência, um recurso comum nos Estados Unidos em meio a reestruturações corporativas. A RDA enveredou pelo mesmo caminho em 2009, alegando queda na receita com publicidade. Dois anos antes disso, o controle da empresa havia sido comprado por um grupo de investidores liderado pela empresa de private equity Ripplywood Holdings. O valor da transação chegou a 1,6 bilhão de dólares, com a assunção adicional de 800 milhões em dívidas.

Agora, a RDA quer diminuir o tamanho de suas pendências para 100 milhões de dólares sob a assessoria financeira da Wells Fargo. "Estamos em um processo contínuo de simplificar e racionalizar o nosso negócio internacional por meio do licenciamento a terceiros, outras editoras e investidores. Essa tem sido uma grande parte do nosso esforço para dinamizar a empresa e captar recursos para amortizar nossa dívida", disse o CEO da RDA, Robert Guth, em entrevista à imprensa ontem.

A mudança de rumos acontece em um momento de redefinição do negócio, com o declínio nas vendas de revistas impressas. Durante o mês de dezembro, a edição digital da Reader’s Digest foi mais bem sucedida que a tradicional versão para bancas no mercado americano.

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