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ThyssenKrupp pode vender usina no Rio, diz revista alemã

Usinas da ThyssenKrupp no Brasil e no Alabama são interligadas e podem ser vendidas, segundo a publicação Manager, citando fontes na companhia

A ThyssenKrupp teve prejuízo líquido de 1,8 bilhão de euros no ano fiscal de 2010/2011 e culpou o resultado aos altos custos da fábrica no Brasil (Sean Gallup/Getty Images)

A ThyssenKrupp teve prejuízo líquido de 1,8 bilhão de euros no ano fiscal de 2010/2011 e culpou o resultado aos altos custos da fábrica no Brasil (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 13h23.

Frankfurt - A ThyssenKrupp está considerando a venda das usinas da empresa no Rio de Janeiro e no Estado norte-americano do Alabama, publicou nesta quinta-feira a revista alemã Manager, citando fontes na companhia.

A Vale, que já tem participação de cerca de 25 por cento na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), pode ser uma possível compradora, publicou a revista em sua edição online.

Procurados, representantes da ThyssenKrupp na Alemanha e da Vale no Brasil se recusaram a comentar o assunto.

A notícia foi publicada um dia antes do encontro anual da ThyssenKrupp, no qual a maior produtora de aço da Alemanha deve enfrentar questionamentos de acionistas sobre a CSA e a usina no Alabama.

A ThyssenKrupp teve prejuízo líquido de 1,8 bilhão de euros (2,4 bilhões de dólares) no ano fiscal de 2010/2011 e culpou o resultado aos altos custos da fábrica no Brasil, operada por sua unidade Steel Americas, e o fortalecimento da moeda brasileira e os fracos mercados de aço nos Estados Unidos e na Europa.

As usinas da ThyssenKrupp no Brasil e no Alabama são interligadas, com a CSA produzindo placas de aço para serem acabadas nos EUA.

A usina no Rio de Janeiro, que tem capacidade para 5 milhões de toneladas de placas por ano, começou a operar em setembro de 2010, após investimento de 5 bilhões de euros e cinco anos de construção.

A CSA -projetada em 2005, quando o mercado de aço mundial não atravessava uma crise de sobreoferta e forte alta nos custos de insumos como carvão e minério de ferro- sofreu uma série de problemas ambientais que atrasaram seu cronograma.

Em setembro passado, o vice-presidente financeiro da CSA, Rodrigo Tostes, afirmou que a empresa alcançaria pico de produção em meados deste ano.

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