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Revisão de tarifa ajudará privatizações da Eletrobras, diz Aneel

Seis distribuidoras que a estatal pretende privatizar vão ganhar novos contratos de concessão e passar por revisão tarifária

Eletrobras: revisão de tarifas estava prevista para agosto, mas foi remarcada para depois das privatizações (Adriano Machado/Bloomberg)

Eletrobras: revisão de tarifas estava prevista para agosto, mas foi remarcada para depois das privatizações (Adriano Machado/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 13h41.

São Paulo - As seis distribuidoras de eletricidade que a estatal Eletrobras pretende vender ainda neste ano terão novos contratos de concessão e uma revisão tarifária após a privatização, o que deverá ajudar a atrair interessados para a compra das deficitárias empresas, disse nesta sexta-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

Anteriormente, a revisão das tarifas estava prevista para agosto, mas o Ministério de Minas e Energia decidiu que isso só deverá acontecer após as privatizações.

Segundo Rufino, a decisão é positiva porque as operações dessas empresas são tão precárias que elas têm dificuldades até mesmo para levantar dados que estimem corretamente suas bases de ativos, o que é informação essencial para o cálculo tarifário.

Além disso, a postergação permitirá que investimentos feitos nas empresas logo após os novos operadores assumirem o controle possam ser levados em conta na definição das tarifas.

"A ideia é calibrar essa data de revisão... para que consiga capturar o investimento feito na entrada, que com certeza não será pequeno", explicou Rufino a jornalistas, após participar de evento da Câmara Americana de Comércio em São Paulo.

"Certamente, quem vai comprar o controle de uma empresa dessas vai fazer uma investigação profunda... qualquer empresa sabe simular muito bem qual será a revisão tarifária", complementou.

Ele explicou ainda que os novos contratos de concessão dessas empresas, que atuam no Norte e Nordeste e têm prejuízos recorrentes, além de elevados índices de perdas de energia, deverão ser adaptados às características específicas dessas empresas"

"Não será radicalmente diferente do que está aí, mas tem que ser adaptado à realidade das empresas... lá tem uma qualidade de serviço defasada, vai ter que fazer alguma regra de transição para que haja viabilidade na transferência da concessão, isso é uma questão que está em discussão", disse Rufino.

Ele ressaltou ainda que a venda dessas concessionárias até o final de 2017, como pretende a Eletrobras, "não será um desafio simples".

(Por Luciano Costa)

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