Negócios

República Dominicana investigará subornos da Odebrecht

A procuradoria do país pediu a diferentes órgãos do governo detalhes sobre os contratos e as pessoas que negociaram com a empreiteira

Odebrecht: a empresa pagou US$ 788 milhões em subornos em 12 países da América Latina e da África (foto/Bloomberg)

Odebrecht: a empresa pagou US$ 788 milhões em subornos em 12 países da América Latina e da África (foto/Bloomberg)

E

EFE

Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 21h15.

Santo Domingo - A Procuradoria-Geral da República Dominicana anunciou nesta segunda-feira que investigará o pagamento de subornos feitos pela Odebrecht no país.

Em entrevista coletiva, o procurador-geral Jean Alain Rodríguez afirmou que serão "investigados e processados" todos aqueles que tenham participado de atos ilegais como os que foram revelados.

"Não importa de qual governo sejam, se do antepassado, do passado ou do atual. Estamos aqui para prender todos que participaram desse esquema ilegal e assim vamos fazer", ressaltou Rodríguez.

O procurador-geral disse que pediu a diferentes órgãos do governo detalhes sobre os contratos e as pessoas que negociaram com a Odebrecht e que tiveram contato com as licitações vencidas pela empresa.

Entre os órgãos estão o Ministério de Obras Públicas, o Instituto Nacional de Águas Potáveis, o Instituto Nacional de Recursos Hidráulicos e a Corporação de Empresas Elétricas Estatais. As informações devem entregar as informações em 48 horas.

De acordo com documentos publicados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em subornos em 12 países da América Latina e da África.

No caso da República Dominicana, a empresa pagou US$ 92 milhões entre 2001 e 2014 em propinas para funcionários e intermediários do governo. Como resultado, obteve lucros de US$ 163 milhões. EFE

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoNovonor (ex-Odebrecht)República Dominicana

Mais de Negócios

Azos dobra faturamento e rompe barreira dos R$ 100 bi em capital segurado

GCB atrai investidores com oportunidades de renda fixa que vão além do CDI

Conheça a gigante japonesa de US$ 32 bilhões que cresce no Brasil

Do blog sobre investimentos aos R$ 50 bi, corretora desafia os gigantes