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Reebok mira ‘corrida do inferno’ para reviver antiga glória

Nome da companhia estará pela primeira vez no campeonato da Spartan, o ponto alto de uma série de corridas que atrairá cerca de 500 mil atletas em 2013

Reebok: empresa de artigos esportivos firmou parceria de vários anos com a Spartan (Guenter Schiffmann/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 10h40.

Frankfurt - Quando chegou à casa dos 20 anos, Ryan Meade viu seus amigos ficarem “um pouco gordos” após casarem e se estabelecerem. Para fugir disso, ele começou a praticar corrida de obstáculos -- concursos de resistência nos quais caminha em lama profunda, escala paredes e se arrasta sob arame farpado.

“As corridas no fim de semana são um motivo para ir à academia, acordar às 5 da manhã e se exercitar”, disse o executivo de finanças de 30 anos de idade, de West Chester, Pensilvânia.

Quando avançar através da lama neste final de semana nos campeonatos mundiais Spartan Race, em Vermont, Meade estará usando compressores de panturrilha Reebok de US$ 30, uma boa notícia para uma marca que está tentando se refazer como líder em treinamentos de grupo. Esse setor em crescimento engloba tudo, desde a Spartan Race até o treinamento de circuito CrossFit, incluindo as aulas de Les Mills Body Attack -- todas agora com patrocínio da Reebok.

Neste ano, pela primeira vez, o nome da Reebok estará no campeonato da Spartan, o ponto alto de uma série de corridas que atrairá cerca de 500 mil atletas em 2013. Em janeiro, a empresa de artigos esportivos, uma unidade da Adidas AG, firmou parceria de vários anos com a Spartan.

No mês passado, a Reebok assinou um acordo semelhante com a Les Mills, uma empresa da Nova Zelândia que vende aulas de rotina de treinamento. E desde 2010 tem patrocinado o CrossFit, um programa rival.

Com um primeiro prêmio de US$ 250.000, o campeonato Spartan é anunciado como a “corrida de obstáculos do inferno”. O evento de 13 milhas (20,9 quilômetros) Spartan Beast, em trilhas ao redor da estância de esqui Killington, oferece aos participantes a opção de sair após três milhas se o caminho os vencer.

A mulher mais em forma

A Reebok começará a vender produtos desenvolvidos para a Spartan no ano que vem, destacando a marca do circuito da corrida, além da sua própria. Os detalhes permanecem em segredo.


“Se eles introduzirem uma versão Spartan Race do Pump vou comprar imediatamente”, disse Remi Moulox, referindo-se à linha de tênis atléticos Pump, da Reebok. “Eu sempre gostei da marca”, disse o consultor de recrutamento de 31 anos de idade. “É positivo para a Reebok ter seu nome associado a estas corridas”.

Ao juntar-se a eventos como a Spartan Race e os jogos CrossFit, a Reebok está buscando reviver sua antiga glória. Após ter ajudado a estabelecer a aeróbica em academias de todo o mundo, há duas décadas, a marca entrou em tempos difíceis.

Personal trainers

O foco no treinamento aeróbico de grupos adaptados por personal trainers, combinado com produtos mais inovadores, pode ajudar a virar a maré a favor da Reebok, de acordo com Andreas Inderst, analista da Exane BNP Paribas.

A Reebok está colocando menos recursos em basquete e futebol americano, “e deixou-os para a Adidas e a Nike”, disse Inderst. O treinamento aeróbico de grupo “é um segmento atraente no mercado esportivo”.

A Reebok já está mostrando sinais de recuperação, de acordo com Fabio Fazzari, analista da Equita SIM SpA em Milão. A marca registrou seu primeiro crescimento de receita em quase dois anos em seu trimestre mais recente.

“Concentrar em estilo de vida e treinamento aeróbico é a estratégia certa, uma vez que está no DNA da marca”, disse Fazzari. “Eles ainda têm muito trabalho a fazer, mas estão conseguindo a atenção dos consumidores.”

A parceria de cinco anos com a Les Mills promoverá a Reebok em 15.000 academias em 80 países que oferecem os treinamentos da empresa da Nova Zelândia. Os 1.000 funcionários da Les Mills que treinam instrutores usarão roupas da marca Reebok no trabalho, de acordo com Phillip Mills, CEO da Les Mills e filho do fundador da empresa, um atleta olímpico.

A Reebok produzirá e distribuirá produtos com as marcas Reebok e Les Mills e oferecerá a 100.000 instrutores desconto de 25 por cento em roupas e tênis.

“Estamos investindo em conjunto para tentar promover a categoria de exercícios modernos em grupo”, disse Phillip Mills em uma entrevista. “A Reebok comprometeu milhões para alcançar isso”.

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“As corridas no fim de semana são um motivo para ir à academia, acordar às 5 da manhã e se exercitar”, disse o executivo de finanças de 30 anos de idade, de West Chester, Pensilvânia.

Quando avançar através da lama neste final de semana nos campeonatos mundiais Spartan Race, em Vermont, Meade estará usando compressores de panturrilha Reebok de US$ 30, uma boa notícia para uma marca que está tentando se refazer como líder em treinamentos de grupo. Esse setor em crescimento engloba tudo, desde a Spartan Race até o treinamento de circuito CrossFit, incluindo as aulas de Les Mills Body Attack -- todas agora com patrocínio da Reebok.

Neste ano, pela primeira vez, o nome da Reebok estará no campeonato da Spartan, o ponto alto de uma série de corridas que atrairá cerca de 500 mil atletas em 2013. Em janeiro, a empresa de artigos esportivos, uma unidade da Adidas AG, firmou parceria de vários anos com a Spartan.

No mês passado, a Reebok assinou um acordo semelhante com a Les Mills, uma empresa da Nova Zelândia que vende aulas de rotina de treinamento. E desde 2010 tem patrocinado o CrossFit, um programa rival.

Com um primeiro prêmio de US$ 250.000, o campeonato Spartan é anunciado como a “corrida de obstáculos do inferno”. O evento de 13 milhas (20,9 quilômetros) Spartan Beast, em trilhas ao redor da estância de esqui Killington, oferece aos participantes a opção de sair após três milhas se o caminho os vencer.

A mulher mais em forma

A Reebok começará a vender produtos desenvolvidos para a Spartan no ano que vem, destacando a marca do circuito da corrida, além da sua própria. Os detalhes permanecem em segredo.


“Se eles introduzirem uma versão Spartan Race do Pump vou comprar imediatamente”, disse Remi Moulox, referindo-se à linha de tênis atléticos Pump, da Reebok. “Eu sempre gostei da marca”, disse o consultor de recrutamento de 31 anos de idade. “É positivo para a Reebok ter seu nome associado a estas corridas”.

Ao juntar-se a eventos como a Spartan Race e os jogos CrossFit, a Reebok está buscando reviver sua antiga glória. Após ter ajudado a estabelecer a aeróbica em academias de todo o mundo, há duas décadas, a marca entrou em tempos difíceis.

Personal trainers

O foco no treinamento aeróbico de grupos adaptados por personal trainers, combinado com produtos mais inovadores, pode ajudar a virar a maré a favor da Reebok, de acordo com Andreas Inderst, analista da Exane BNP Paribas.

A Reebok está colocando menos recursos em basquete e futebol americano, “e deixou-os para a Adidas e a Nike”, disse Inderst. O treinamento aeróbico de grupo “é um segmento atraente no mercado esportivo”.

A Reebok já está mostrando sinais de recuperação, de acordo com Fabio Fazzari, analista da Equita SIM SpA em Milão. A marca registrou seu primeiro crescimento de receita em quase dois anos em seu trimestre mais recente.

“Concentrar em estilo de vida e treinamento aeróbico é a estratégia certa, uma vez que está no DNA da marca”, disse Fazzari. “Eles ainda têm muito trabalho a fazer, mas estão conseguindo a atenção dos consumidores.”

A parceria de cinco anos com a Les Mills promoverá a Reebok em 15.000 academias em 80 países que oferecem os treinamentos da empresa da Nova Zelândia. Os 1.000 funcionários da Les Mills que treinam instrutores usarão roupas da marca Reebok no trabalho, de acordo com Phillip Mills, CEO da Les Mills e filho do fundador da empresa, um atleta olímpico.

A Reebok produzirá e distribuirá produtos com as marcas Reebok e Les Mills e oferecerá a 100.000 instrutores desconto de 25 por cento em roupas e tênis.

“Estamos investindo em conjunto para tentar promover a categoria de exercícios modernos em grupo”, disse Phillip Mills em uma entrevista. “A Reebok comprometeu milhões para alcançar isso”.

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