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Recuperação de crédito puxa balanço do BTG Pactual no 2º tri

Segundo o presidente-executivo, Roberto Sallouti, o lucro, que ficou abaixo do esperado pelo mercado, deve retomar em breve a níveis normalizados

BTG Pactual (BTG Pactual/Reprodução)

BTG Pactual (BTG Pactual/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 12h44.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 15h35.

São Paulo - A lenta recuperação da economia brasileira e a necessidade de bancos se livrarem de crédito de baixa qualidade estão impulsionando os resultados da unidade de recuperação de créditos do BTG Pactual e oferecendo uma chance de reverter o fraco resultado do segundo trimestre, disseram executivos nesta quarta-feira.

A atividade da área de recuperação de crédito do BTG Pactual ajudou a impulsionar os resultados do banco no trimestre passado, disse o diretor financeiro, João Dantas, em teleconferência com analistas. Foi a única das sete linhas de receita do BTG Pactual que não caiu ou ficou estável no último trimestre.

A unidade de situações especiais, liderada por Alexandre Camara, administra cerca de 30 bilhões de reais de crédito corporativo vencido, considerando o valor de face.

O lucro do BTG, que caiu 30 por cento no segundo trimestre, deve se normalizar à medida que a turbulência política do Brasil diminui e a atividade bancária de investimento se recupera, disse o presidente-executivo, Roberto Sallouti, na teleconferência.

A compra de crédito vencido é a aposta mais promissora de Sallouti para levar a rentabilidade ao nível deixado pelo ex-presidente André Esteves, que deixou o cargo após ter sido alvo de investigação por corrupção no fim de 2015. A unidade está comprando mais empréstimos corporativos ruins, na esperança de que empresas com problema de caixa se desfaçam de ativos por um preço bem baixo para levantar recursos.

"Conhecemos esse negócio e ele já teve um desempenho especialmente bom nos últimos meses", disse Dantas.

A receita caiu 49 por cento no trimestre à medida que a mesa de negociação do BTG Pactual enfrentou maior volatilidade do mercado e fracos volumes de negociação. O banco também reverteu uma comissão de assessoria para um acordo que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) bloqueou - aparentemente a aquisição da Estácio Participações pela Kroton.

A reversão da comissão foi de 37 milhões de reais, disse Dantas, sem elaborar.

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