Uma pesquisa da consultoria Economática mostra que as companhias brasileiras responderam por metade do faturamento das 50 maiores empresas latino-americanas de capital aberto no ano passado. No total, a receita operacional líquida do grupo foi de 366,1 bilhões de dólares, um crescimento de 30,5% sobre os 280,5 bilhões do ano retrasado. As 22 empresas brasileiras analisadas somaram 182,9 bilhões, com um incremento de 29,3%.

A Petrobras foi a companhia latino-americana com maior receita no ano passado - 58,361 bilhões de dólares, à frente da mexicana America Movil e do Wal-Mart do México, que faturaram 17,129 bilhões e 15,518 bilhões, respectivamente. A mineradora Vale do Rio Doce é a brasileira melhor colocada, após a Petrobras. A empresa aparece em sexto lugar na relação, com faturamento de 14,523 bilhões de dólares.

Cinco das dez maiores companhias da América Latina, pelo critério de receita líquida, são brasileiras. Além da Petrobras e da Vale, são citadas também a Ipiranga Distribuidora, em oitavo lugar (9,723 bilhões de dólares); Gerdau, em nono (9,077 bilhões); e Eletrobras, em décimo (8,876 bilhões).

O México é o país com o segundo maior número de representantes na pesquisa. Suas 19 empresas somaram receitas de 136 bilhões de dólares, com alta de 27,1%. O Chile vem em terceiro, com nove companhias e faturamento líquido de 29,4 bilhões (38,6% maior). A Argentina conta com três participantes, cuja receita alcança 17,7 bilhões - 64,2% maior que em 2004.

Entre os setores, o que mais se destacou na América Latina foi o de petróleo e gás, com seis companhias. O grupo respondeu por 25,9% da receita total da amostra, ou 94,7 bilhões de dólares. A cifra é 42,6% maior que a obtida no ano retrasado. O segundo setor mais representativo foi o de telecomunicações, com sete empresas e 15,4% da receita total das 50 maiores companhias.