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Raízen vê risco à concorrência em compra da Eletrobras Roraima por grupo

A Petróleo Sabbá se mostrou preocupada após a aquisição de uma distribuidora de energia da Eletrobras em Roraima por um consórcio

Imagem de arquivo: A Petróleo Sabbá, empresa do Grupo Raízen, se mostrou preocupada ao Cade (Ricardo Teles/Divulgação)

Imagem de arquivo: A Petróleo Sabbá, empresa do Grupo Raízen, se mostrou preocupada ao Cade (Ricardo Teles/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 11h12.

São Paulo - A Petróleo Sabbá, empresa do Grupo Raízen, apontou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) preocupações com a concorrência após a aquisição de uma distribuidora de energia da Eletrobras em Roraima por um consórcio formado pela Oliveira Energia e a distribuidora de combustíveis Atem's.

A Sabbá entrou com pedido de intervenção como "terceira interessada" na análise da operação pelo órgão antitruste, em solicitação deferida pelo presidente do Conselho do Cade, Alexandre Barreto de Souza.

A Oliveira Energia atua na operação de termelétricas em regiões isoladas do Norte do país, incluindo Roraima, e com a compra da Boa Vista Energia junto à Eletrobras passará a atuar também na distribuição de eletricidade. Já a Atem's é rival da Petróleo Sabbá na distribuição de combustíveis.

O Cade aprovou em meados de outubro a venda da Boa Vista Energia para um consórcio formado pela Oliveira Energia e a Atem's.

Mas a Petróleo Sabbá alegou que a análise da operação não levou em conta "a integração vertical entre a geração de energia e a distribuição de combustíveis líquidos".

A empresa alegou que a rival Atem's teria participação superior a 20 por cento na distribuição de combustíveis em algumas localidades ao norte do país e que Roraima, onde há larga utilização de termelétricas, é "um mercado mais restrito".

Com isso, segundo a empresa, "eventual exercício de poder de mercado em qualquer uma de suas diferentes formas tende a ser facilitado, prejudicando os players e o próprio mercado."

A Petróleo Sabbá seria uma potencial fornecedora de insumos para as termelétricas operadas pela Oliveira Energia e pela Boa Vista Energia, ainda segundo os argumentos da empresa ao Cade.

Procurada, a Raízen não respondeu de imediato a questionamentos sobre argumentos apresentados pela Petróleo Sabbá ao Cade. A Raízen é uma joint venture entre Cosan e Shell com atuação em energia e combustíveis. A Eletrobras também não respondeu de pronto a um pedido de comentários.

Não foi possível encontrar de imediato representantes da Atem's para comentar o pleito da concorrente.

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