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Quer funcionários mais eficientes? Dê liberdade a eles

Um sistema de gestão criado pela startup Warby Parker mostra que dar liberdade aos funcionários podem trazer mais eficiência e felicidade no trabalho

Reunião: sistema de autogestão para programadores trouxe benefícios em startup americana (monkeybusinessimages/Thinkstock)

Victor Caputo

Publicado em 18 de setembro de 2016 às 12h06.

São Paulo – A Warby Parker, uma startup moderninha que cria e vende óculos, estava passando por um dilema: como fazer com que seus programadores fossem mais eficientes no trabalho? A questão não é rara em alguns negócios, especialmente em momentos de crise.

A solução encontrada, por outro lado, não foi nada usual. A Warby Parker decidiu permitir que seus programadores escolhessem a quais tarefas queriam se dedicar. Por incrível que pareça, a ideia deixou os trabalhadores mais eficientes e, de quebra, mais felizes.

O site Quartz descreve o novo processo como uma espécie de game. As tarefas são cadastradas e recebem pesos diferentes com um sistema de pontos. O mesmo sistema comporta novas ideias que podem ser desenvolvidas e experimentadas.

Todos os funcionários podem votar em quais ideias consideram mais importantes. Em média, cada voto vale cinco pontos. Votos de cargos mais altos, como de CEO, podem dar até 30 pontos a uma tarefa. Isso faz com que exista um controle maior por parte de gerentes e funcionários de cargos mais altos.

Assim que um time completa uma determinada tarefa, ganha a pontuação referente àquele trabalho. Os times com maiores pontuações ao final de cada trimestre são recompensados (um exemplo é um jantar para toda a equipe pago pela empresa).

O sistema de trabalho foi batizado de Warbles pela companhia americana. Em dois anos, o esquema de trabalho tem se mostrado eficiente. Ele foi usado para diversas finalidade, desde correção de erros de digitação no site até trabalhos complexos como o desenvolvimento de novos sistemas de vendas de óculos que integram as lojas físicas e virtual.

O esquema trouxe outros benefícios. “Nossos engenheiros estão muito mais felizes; ele amam a ideia de que têm autonomia e que podem selecionar as ideias que acham mais interessantes”, diz Dave Gilboa, co-CEO da Warby Parker, ao Quartz. Uma pesquisa interna mostra que os programadores dão nota de 8,3, em média, à nova forma de gestão. Anteriormente, essa nota era de apenas 3,5. Uma bela evolução.

Desde a criação do sistema, milhares de ideias foram enviadas pelos funcionários. Algumas centenas foram desenvolvidas e colocadas em prática, mostrando que Warbles funciona.

De acordo com Gilboa, a Warby Parker já estuda implementar o sistema de autogestão de tarefas em outras divisões. Outra possibilidade é fornecer a ideia a outras companhias sem cobrar nada.

Lon Binder, chefe de tecnologia da startup, explica que existe uma solução de emergência para quando nenhum programador se interessa por fazer uma tarefa importante. Neste caso, o gerente da equipe de desenvolvimento ordena que alguém faça a tarefa. "No final das contas, ainda somos uma empresa", afirma Binder.

No ano passado, a Warby Parker foi premiada como a empresa mais inovadora do mundo pela revista Fast Company. Iniciativas como esta mostram que o prêmio não foi acaso.

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São Paulo – A Warby Parker, uma startup moderninha que cria e vende óculos, estava passando por um dilema: como fazer com que seus programadores fossem mais eficientes no trabalho? A questão não é rara em alguns negócios, especialmente em momentos de crise.

A solução encontrada, por outro lado, não foi nada usual. A Warby Parker decidiu permitir que seus programadores escolhessem a quais tarefas queriam se dedicar. Por incrível que pareça, a ideia deixou os trabalhadores mais eficientes e, de quebra, mais felizes.

O site Quartz descreve o novo processo como uma espécie de game. As tarefas são cadastradas e recebem pesos diferentes com um sistema de pontos. O mesmo sistema comporta novas ideias que podem ser desenvolvidas e experimentadas.

Todos os funcionários podem votar em quais ideias consideram mais importantes. Em média, cada voto vale cinco pontos. Votos de cargos mais altos, como de CEO, podem dar até 30 pontos a uma tarefa. Isso faz com que exista um controle maior por parte de gerentes e funcionários de cargos mais altos.

Assim que um time completa uma determinada tarefa, ganha a pontuação referente àquele trabalho. Os times com maiores pontuações ao final de cada trimestre são recompensados (um exemplo é um jantar para toda a equipe pago pela empresa).

O sistema de trabalho foi batizado de Warbles pela companhia americana. Em dois anos, o esquema de trabalho tem se mostrado eficiente. Ele foi usado para diversas finalidade, desde correção de erros de digitação no site até trabalhos complexos como o desenvolvimento de novos sistemas de vendas de óculos que integram as lojas físicas e virtual.

O esquema trouxe outros benefícios. “Nossos engenheiros estão muito mais felizes; ele amam a ideia de que têm autonomia e que podem selecionar as ideias que acham mais interessantes”, diz Dave Gilboa, co-CEO da Warby Parker, ao Quartz. Uma pesquisa interna mostra que os programadores dão nota de 8,3, em média, à nova forma de gestão. Anteriormente, essa nota era de apenas 3,5. Uma bela evolução.

Desde a criação do sistema, milhares de ideias foram enviadas pelos funcionários. Algumas centenas foram desenvolvidas e colocadas em prática, mostrando que Warbles funciona.

De acordo com Gilboa, a Warby Parker já estuda implementar o sistema de autogestão de tarefas em outras divisões. Outra possibilidade é fornecer a ideia a outras companhias sem cobrar nada.

Lon Binder, chefe de tecnologia da startup, explica que existe uma solução de emergência para quando nenhum programador se interessa por fazer uma tarefa importante. Neste caso, o gerente da equipe de desenvolvimento ordena que alguém faça a tarefa. "No final das contas, ainda somos uma empresa", afirma Binder.

No ano passado, a Warby Parker foi premiada como a empresa mais inovadora do mundo pela revista Fast Company. Iniciativas como esta mostram que o prêmio não foi acaso.

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