Negócios

Quanto custou para as grandes multinacionais abandonarem a Rússia?

Empresas começam a divulgar seus prejuízos com a decisão de interromper os negócios no país. Veja os valores

Vladimir Putin: "unidades militares que participaram das hostilidades ativas alcançaram o sucesso" (Sergei GUNEYEV / Sputnik/AFP)

Vladimir Putin: "unidades militares que participaram das hostilidades ativas alcançaram o sucesso" (Sergei GUNEYEV / Sputnik/AFP)

AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de abril de 2022 às 09h10.

Última atualização em 12 de abril de 2022 às 09h10.

Após a invasão da Ucrânia, várias empresas anunciaram planos de parar de fazer negócios na Rússia nas últimas semanas, e, agora, muitas delas estão compartilhando o que essas decisões podem lhes custar.

Algumas delas tinham exposição limitada à Rússia e sinalizaram que as perdas esperadas não eram significativas. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse aos acionistas que o banco não estava “preocupado” com os efeitos de deixar a Rússia. Para gigantes da indústria como a Shell, o impacto financeiro – embora grande – representa apenas uma fração de seus lucros gerais.

Assine a EXAME por menos de R$ 0,37/dia e acesse as notícias mais importantes do Brasil em tempo real.

Na segunda-feira, o Société Générale, o terceiro maior banco da França, disse que levaria um golpe de US$ 3,3 bilhões em um acordo para vender para a Interros Capital o controle da empresa no Rosbank, um credor com sede em Moscou.

O acordo permitiria que o banco “saísse de maneira eficaz e ordenada da Rússia, garantindo continuidade para seus funcionários e clientes”, disse a empresa.

Confira os efeitos esperados que as empresas divulgaram após abandonarem a Rússia:

    BNY Mellon

    O banco disse que pode perder até US$ 200 milhões em receita — cerca de US$ 100 milhões neste trimestre e um adicional de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões no resto do ano. A empresa encerrou novos negócios com a Rússia e “suspensou as compras de títulos russos pela gestão de investimentos”, disse um porta-voz da empresa.

    JPMorgan Chase

    Em uma carta aos acionistas, o CEO Jamie Dimon disse que o JPMorgan Chase poderia perder US$ 1 bilhão “ao longo do tempo” por causa de sua exposição à Rússia. No mês passado, o banco anunciou que estava encerrando negócios no país e não buscaria novos empreendimentos por lá.

    Shell

    A petrolífera britânica informou em comunicado aos acionistas que sua decisão de deixar a Rússia custaria à empresa de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões somente neste trimestre. A gigante do petróleo começou a cortar os laços com a Rússia em fevereiro e disse no mês passado que deixaria de comprar petróleo e gás da Rússia e fecharia seus postos de serviço no país em uma “retirada gradual”.

    Société Générale

    O Société Générale disse que sofreria um impacto financeiro de US$ 3,3 bilhões em um acordo para vender o controle da empresa no Rosbank, um credor com sede em Moscou, para a Interros Capital.

    Volvo

    A fabricante sueca disse que estava reservando cerca de US$ 423 milhões para compensar as perdas que antecipou no primeiro trimestre por causa da saída da Rússia. A montadora suspendeu “todas as vendas, serviços e produção” no país, disse a empresa.

    Acompanhe tudo sobre:EmpresasGuerrasRússiaUcrânia

    Mais de Negócios

    15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

    De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

    Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

    Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia