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Qual foi o tamanho do tombo das empresas abertas no 2° tri

Lucro das empresas abertas encolhe 63% no 2° tri - excluindo empresas financeiras, o impacto foi de 82%, diz levantamento da Economatica

As instituições financeiras são responsáveis por mais de metade do lucro total obtido no segundo trimestre entre todas as empresas abertas, de 26,7 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)

As instituições financeiras são responsáveis por mais de metade do lucro total obtido no segundo trimestre entre todas as empresas abertas, de 26,7 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 12h30.

Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 12h36.

O segundo trimestre desse ano concentrou o maior impacto da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O lucro total das empresas abertas na Bolsa caiu 63% no segundo trimestre, de acordo com levantamento feito pela Economática e obtido com exclusividade por EXAME. Excluindo as empresas financeiras, como bancos, seguradoras e outras, o impacto foi ainda maior e lucro líquido caiu 82% nos balanços.

Os bancos foram o setor com o maior lucro, com ganhos de 15,6 bilhões de reais. As instituições financeiras são responsáveis por mais de metade do lucro total obtido no segundo trimestre entre todas as empresas abertas, de 26,7 bilhões de reais. Em segundo lugar está o segmento de energia elétrica, com lucro de 11,5 bilhões de reais, e alimentos e bebidas, com lucro de 7,2 bilhões de reais.

Já entre os maiores prejuízos, o setor de transporte e serviços relacionados foi o que mais sofreu, com prejuízos de 4,5 bilhões de reais no período, ante lucro de 820 milhões de reais no segundo trimestre do ano passado. Em segundo lugar está a Petrobras, no setor de petróleo e gás, com prejuízo de 2,7 bilhões. Em terceiro no ranking de setores mais afetados está o de papel e celulose, com perdas de 2,5 bilhões de reais.

As empresas não financeiras não viram apenas o lucro encolher. As receitas caíram 2,1%, a margem ebit encolheu 4,8% e a margem líquida ficou 7,5% menor. O maior risco, de ficar sem caixa, acabou não se concretizando. Com aumento de capital, o caixa das empresas chegou a 620 bilhões de reais, alta de 70% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Veja abaixo o lucro por setor e os principais dados dos balanços das empresas.

 

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