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Puma quer aproveitar a Copa para mostrar suas garras

A Puma espera aproveitar a Copa do Mundo no Brasil para voltar com força ao mercado do esporte, reduzindo a distância em relação a seus concorrentes

Chuteira da Puma: este é um ano fundamental, declarou diretor-geral da divisão de esportes (Martin Leissl/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 14h55.

A Puma , fabricante do uniforme esportivo alemão, espera aproveitar a Copa do Mundo no Brasil para voltar com força ao mercado do esporte, reduzindo a distância em relação a seus grandes concorrentes no setor, a Nike e a Adidas .

"2014 é um ano fundamental para a Puma", declarou Filip Trulsson, diretor-geral da divisão de esportes na equipe da Puma, em uma entrevista à AFP.

"A Copa do Mundo é uma vitrine fantástica. Devemos encarar como um acontecimento que se estende ao longo de oito meses para a indústria do esporte [...] Somos fortes e estamos convencidos da nossa capacidade para reforçar nossa posição", explicou.

A marca também vestirá oito equipes na competição, entre elas Itália, Suíça e Uruguai, e calçará o excêntrico italiano Mario Balotelli, o alemão Marco Reus e o atacante francês Olivier Giroud.

O que está em jogo não é trivial: uniformizar estas estrelas do futebol e aumentar sua visibilidade no campo é um grande trampolim para vender mais camisetas e calçados.

No caso da Puma, o mercado de futebol, que não para de crescer a cada ano, representa bilhões de euros.

Neste terreno, a Adidas, inimigo histórico da Puma, e a norte-americana Nike apresentam uma sólida vantagem e têm mais chances de que seu logo seja visto na final do campeonato.

A marca das três listas, copatrocinadora oficial do evento, vestirá nove equipes, entre elas Espanha, Argentina e Alemanha, enquanto a Nike vestirá dez times, entre eles França, Reino Unido e o grande favorito, Brasil.

O duelo parece mais árduo no caso das chuteiras. Diante da "Magista" da Nike, que será usada pelo espanhol Andrés Iniesta, e da "Primeknit" da Adidas, que estará nos pés do uruguaio Luis Suárez, Puma espera surpreender com seus modelos "EvoPower" e "EvoSpeed", que têm a particularidade de cada chuteira ser de uma cor diferente: azul e rosa.


Recuperar um lugar no esporte

"A Puma não pode aspirar a grandes seleções, com exceção da Itália, mas busca destacar-se com ações de marketing criativas e produtos originais", disse Peter Rohlmann, diretor da agência PR Marketing.

A empresa não pode se permitir o mínimo erro. A marca, que já foi considerada sedutora e moderna, a filial do francês Kering, com sede na cidade alemã de Herzogenaurach (sul), tem problemas há anos, após o fracasso da sua estratégia de entrar no mundo da moda e do "lifestyle".

Para corrigir a aposta, iniciou em 2013 uma volta ao esporte, em particular o futebol.

Com 7% do mercado deste esporte, Puma continua muito longe da Adidas e da Nike, que têm respectivamente 37% e 29% do mercado, de acordo com estudo publicado pela PR Marketing.

"A Puma tem que correr atrás do tempo perdido para estar de novo na ponta do mercado de equipamento esportivo", afirma Rohlmann.

Mas não vai ser fácil, já que seus rivais não descansam. Há várias semanas travam uma guerra midiática para vender seus produtos.

Sua compatriota Adidas prometeu para a Copa do Mundo uma campanha publicitária em um valor recorde, que espera reverter para 2 bilhões de euros de vendas em mercado neste ano.

A Puma, por outro lado, não tem objetivos exatos, mas espera que suas vendas cresçam na divisão de esportes em equipe em 2014.

"Não surpreenderia se uma seleção da Puma chegar à final da Copa do Mundo", disse Bjorn Gulden, seu presidente. O que seria ideal para projetar a maior campanha publicitária da sua história, que espera lançar semanas depois do Mundial.

São Paulo – Daqui pouco menos de um mês, um dos eventos mais esperados do mundo irá começar: a Copa do Mundo no Brasil. Empreendedores e pequenos empresários podem aproveitar o período do evento para faturar mais. De acordo com o Sebrae, as micro e pequenas empresas devem faturar 500 milhões de reais com a Copa. Para Mark Paladino, sócio do Instituto Aquila, consultoria em gestão avançada, é um pouco tarde, mas ainda dá tempo de planejar uma ação para o evento. “As empresas podem direcionar sua estratégia para absorver os turistas que estarão na cidade. Criar alguns eventos festivos de celebração, antes ou durante dos jogos”, explica. A recomendação para quem já se preparou e tem muita expectativa para faturar durante o próximo mês é clara: não deixe de monitorar. “Tem que ter uma gestão eficiente, acompanhar os resultados e observar a performance diariamente”, ensina Paladino. Veja seis exemplos de empresas de setores diversos que estão prontas para a Copa do Mundo no Brasil.
  • 2. Terraço Itália

    2 /8(Divulgação/Terraço Itália)

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    Um dos principais pontos turísticos do centro de São Paulo, o Terraço Itália atrai pela sua história e pela possibilidade de ver a capital do alto. André Marques, gerente geral do Terraço Itália, conta que o espaço recebe muitos eventos corporativos e que algumas empresas vão aproveitar a Copa para relacionar-se com seus clientes. Assim surgiu a ideia de um camarote para assistir aos jogos da Copa do Mundo no Bar do Terraço Itália. Cada ingresso custa 151 reais e dá direito a alguns petiscos. O local preparou ainda coquetéis inspirados em países do mundial. De acordo com Marques, a preparação para o evento inclui um reforço da equipe nos horários dos jogos e a instalação de telões e uma sonorização adequada. Até agora, o jogo que tem mais reservas é o do dia 23 de junho, entre Holanda e Chile. A expectativa é faturar 25% mais.
  • 3. Pub Crawl São Paulo

    3 /8(Divulgação/Pub Crawl São Paulo)

  • Os horários em que serão transmitidos os jogos da Copa do Mundo não serão o foco da estratégia do Pub Crawl São Paulo, que oferece tours gastronômicos e em baladas pela cidade. “Vamos focar na torcida”, resume Kyu Bill, um dos cinco sócios da empresa. “A cidade é a principal porta de entrada de turistas e é uma cidade sede. Vai ter um clima festivo, movimentação, e esse clima vai se estender fora dos jogos”, conta. A equipe dobrou, passando a 40 pessoas e, desde ano passado, a marca tem diversificado seus produtos. Os tours variam de 20 a 95 reais por pessoa. O faturamento esperado até o final do ano é de 1 milhão de reais, o dobro do ano passado. Hoje, a empresa trabalha com até sete eventos semanais. Bill explica que a alta temporada da empresa coincide com os meses do mundial. O Pub Crawl São Paulo espera atender, em média, cinco mil pessoas nesse período.
  • 4. Vuvuzela do Brasil

    4 /8(Divulgação/Vuvuzela do Brasil)

    O e-commerce Vuvuzla do Brasil começou suas operações no ano passado e a ideia de criar o negócio surgiu quando Eduardo Sani, consultor de marketing digital, estava preparando uma apresentação. “Ninguém vendia vuvuzela ainda no mercado e vi que o volume de pesquisas ainda era alto. Pesquisei e vi que não tinha nenhum site do tipo”, resume. Ele se uniu ao empreendedor Vinícius Prado Ramos e investiu 20 mil reais. A Copa das Confederações foi o teste da empresa e eles venderam 1,4 mil vuvuzelas. A estratégia da dupla é de investir em mídia online e anúncios no Google e Facebook. Além disso, a marca fez uma parceria com lojas físicas em São Paulo para vender produtos por consignação. No site é possível comprar não só vuvuzelas, mas também camisetas, perucas e cornetas. A maior demanda vem de empresas que estão comprando os produtos para ações de marketing. Nos próximos três meses, a expectativa é de faturar 180 mil reais. Mesmo após a Copa, o site estará no ar, pois os empreendedores querem aproveitar as Olimpíadas de 2016.
  • 5. Lush Motel

    5 /8(Divulgação/Lush Motel)

    Com a possível falta de hospedagem, o Lush Motel criou um formato especial para turistas, com cobrança por diária. Felipe Martinez, diretor de marketing da empresa, explica que o objetivo não é disputar com os hotéis, pois algumas regras do motel serão mantidas, como a proibição do acesso a menores de idade. “É voltado casais que buscam hospedagem, mas com um pouco de privacidade”, explica. O valor de uma diária varia de 360 reais a 1,5 mil reais, com café da manhã incluso. Até agora, foram confirmadas 37 reservas de estrangeiros. Durante a Copa, a fachada do motel será iluminada nas cores verde e amarelo e os chinelos também terão com o tema do evento. Além disso, a marca investiu em uma versão do site em inglês e contratou um professor de inglês para treinar a equipe. O investimento foi de 50 mil reais e a expectativa da empresa é que o faturamento cresça 10% em junho.
  • 6. Amazonas Brands

    6 /8(Divulgação/Amazonas Brands)

    A Amazonas Brands faz parte do Grupo Amazonas e firmou a parceria com a FIFA para desenvolver as sandálias oficiais da Copa do Mundo. A marca tem um mix de 39 chinelos especiais para o evento. Os modelos são inspirados no mascote oficial, o Fuleco, nas bandeiras de algumas seleções que participarão do mundial, na taça e nas cidades sedes como o Rio. A expectativa de vendas é de 1 milhão de pares e o aumento de produção foi de 28%. Os chinelos podem ser encontrados nas lojas oficiais da FIFA e os preços partem de 29,90 reais.
  • 7. Seven Idiomas

    7 /8(Divulgação/Seven Idiomas)

    Fundada em 1987, a Seven Idiomas é especializada no ensino do inglês e espanhol. Em 2012, a marca desenvolveu um curso pensando nos eventos como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas. De acordo com o CEO da empresa, Steven Beggs, as aulas foram pensadas para que os alunos aprendessem estruturas essenciais para se comunicar com turistas e situações que cada tipo de profissional terá que vivenciar. A empresa treinou cerca de 500 pessoas, como os funcionários do Airport Bus Service. A carga horária do treinamento é de 100 horas e o curso custa, em média, 2 mil reais por aluno. A abordagem das aulas depende das necessidades da empresa contratante.
  • 8. Agora, veja mais sobre empreendedorismo

    8 /8(Buda Mendes/Getty Images)

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