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Produção da Petrobras deve crescer 6% neste ano, avalia Itaú

Resultado de 2008 fica abaixo das expectativas da própria estatal, mas impacto sobre as ações será neutro, segundo o banco

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O Itaú projeta um aumento de 6% na produção média diária da Petrobras em 2009, após a estatal apresentar uma expansão abaixo do previsto em 2008. Se a projeção for atingida, a estatal encerrará o ano com uma produção média diária de 1,965 milhão de barris de petróleo. "Este é um desafio de crescimento razoável para a companhia, mas o mercado parece mais comprador", afirma o relatório do Itaú.

Segundo o banco, uma capacidade de 490.000 barris diários deve ser agregada à produção da Petrobras neste ano, incluindo a plataforma P-53. O Itaú também conta com a expansão da capacidade das plataformas P-52 e P-54. O relatório afirma que esta é uma situação similar à do final de 2007, quando o mercado aguardava o reforço da produção oriundo das plataformas P-52, P-54 e Cidade de Vitória, que acrescentariam 460.000 barris diários ao sistema. Com os atrasos do cronograma da estatal, o resultado foi o incremento de produção aquém do esperado no ano passado.

"Decidimos ser um pouco mais cautelosos desta vez, já que esses problemas devem permanecer, sem mencionar nossa crescente preocupação com a depreciação das taxas", afirma o Itaú. O banco mostra dúvidas quanto à capacidade da Petrobras de colocar em operação as plataformas P-51 e Cidade Niterói ainda em janeiro, conforme o cronograma da empresa. A instituição não descarta que as plantas entrem em operação apenas no início de fevereiro. A boa notícia, segundo o relatório, é que a P-53 entrou em operação em um patamar razoável de 30.000 barris diários.

Abaixo do esperado

Na semana passada, a Petrobras anunciou que sua produção diária de petróleo atingiu 1,876 milhão de barris em dezembro. O volume é 1,7% maior que o de novembro e 1,1% superior ao de dezembro do ano retrasado. No acumulado de 2008, a produção fechou com alta de 3,5% sobre 2007. A taxa ficou bem abaixo da previsão original da Petrobras, de 11%. Posteriormente, a estatal havia revisado a expectativa para 8,8%. Para o Itaú, o desempenho inferior ao esperado não deve impactar os papéis da Petrobras, já que o mercado não aguardava um forte resultado da estatal na área de produção.

O Itaú manteve a recomendação para os papéis, e projeta um preço-alvo de 40 reais para as ações preferenciais da companhia (PETR4, sem direito a voto). Isso significa um potencial de alta de 65% sobre o fechamento desta sexta-feira (16/1) - 24,28 reais. Os papéis da empresa operavam nesta segunda-feira (19/1). Por volta das 12h15, as ações preferenciais recuavam 1,23%, cotadas a 23,98 reais. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subia 0,49%, para 39.341 pontos.

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