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Vale pode ter produção recorde apesar da Samarco

A expansão deverá manter a maior produtora de minério de ferro perto de níveis de produção recorde apesar dos efeitos do rompimento da barragem da Samarco

Vale: números não incluem a produção da joint venture Samarco Mineração (Divulgação/Vale)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 21h25.

A implacável expansão da Vale deverá manter a maior produtora de minério de ferro do mundo perto de níveis de produção recorde apesar dos efeitos prejudiciais do rompimento da barragem da Samarco , no ano passado, sobre suas operações brasileiras.

A mineradora com sede no Rio de Janeiro divulgará uma produção de 86 milhões de toneladas no segundo trimestre, incluindo aquisições de terceiros, segundo a estimativa média de cinco analistas consultados pela Bloomberg. O total contrasta com um recorde para o segundo trimestre de 89,3 milhões registrado um ano antes e com os 77,5 milhões do primeiro trimestre, quando a produção da Vale normalmente é menor.

Os números não incluem a produção da joint venture Samarco Mineração.

A mina da mantida pela Vale em copropriedade com a BHP Billiton, que tem sede em Melbourne, foi fechada em novembro após o rompimento de uma barragem de rejeitos que matou 19 pessoas, poluiu rios da região e colocou as empresas diante de danos que podem alcançar bilhões de dólares.

A Vale alertou que o desempenho global de seu polo de mineração de Mariana, no sudeste do Brasil, enfrentava problemas como resultado do acidente que tem sido amplamente classificado como o pior desastre ambiental do país.

A mineradora disse em seu relatório de produção do primeiro trimestre que o fechamento da Samarco havia reduzido a produção no restante do polo regional em 48 por cento na comparação com um ano antes.

“O fechamento da Samarco causou indiretamente a interrupção de parte das demais operações da Vale perto da mina”, disse Glauco Legat, analista da GBM Research em Santiago, em entrevista por telefone.

“A empresa está ampliando a produção no sistema norte, mas ainda deverá reportar números inferiores aos do segundo trimestre do ano passado, quando considerado o impacto dessas interrupções”.

A produção relativamente mais baixa da Vale no segundo trimestre não sinaliza necessariamente uma desaceleração porque o Brasil, como um todo, exportou uma quantidade 5,7 por cento maior do ingrediente usado na fabricação do aço no primeiro semestre deste ano, segundo a Bloomberg Intelligence.

A Vale mantém uma estratégia de expansão em meio ao excesso de oferta para ganhar participação de mercado das produtoras que praticam um custo mais elevado.

A empresa tirou proveito da alta de 29 por cento dos preços neste ano, que fortaleceu os lucros após a queda das commodities no ano passado.

O minério com 62 por cento de conteúdo entregue a Qingdao superou a casa de US$ 70 por tonelada em abril, mas desde então recuou, fechando em cerca de US$ 56 a tonelada na terça-feira, segundo dados da Metal Bulletin.

A Vale deverá divulgar os números de produção antes do início do pregão de quinta-feira, em São Paulo, e publicará seu balanço do segundo trimestre em 28 de julho.

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A implacável expansão da Vale deverá manter a maior produtora de minério de ferro do mundo perto de níveis de produção recorde apesar dos efeitos prejudiciais do rompimento da barragem da Samarco , no ano passado, sobre suas operações brasileiras.

A mineradora com sede no Rio de Janeiro divulgará uma produção de 86 milhões de toneladas no segundo trimestre, incluindo aquisições de terceiros, segundo a estimativa média de cinco analistas consultados pela Bloomberg. O total contrasta com um recorde para o segundo trimestre de 89,3 milhões registrado um ano antes e com os 77,5 milhões do primeiro trimestre, quando a produção da Vale normalmente é menor.

Os números não incluem a produção da joint venture Samarco Mineração.

A mina da mantida pela Vale em copropriedade com a BHP Billiton, que tem sede em Melbourne, foi fechada em novembro após o rompimento de uma barragem de rejeitos que matou 19 pessoas, poluiu rios da região e colocou as empresas diante de danos que podem alcançar bilhões de dólares.

A Vale alertou que o desempenho global de seu polo de mineração de Mariana, no sudeste do Brasil, enfrentava problemas como resultado do acidente que tem sido amplamente classificado como o pior desastre ambiental do país.

A mineradora disse em seu relatório de produção do primeiro trimestre que o fechamento da Samarco havia reduzido a produção no restante do polo regional em 48 por cento na comparação com um ano antes.

“O fechamento da Samarco causou indiretamente a interrupção de parte das demais operações da Vale perto da mina”, disse Glauco Legat, analista da GBM Research em Santiago, em entrevista por telefone.

“A empresa está ampliando a produção no sistema norte, mas ainda deverá reportar números inferiores aos do segundo trimestre do ano passado, quando considerado o impacto dessas interrupções”.

A produção relativamente mais baixa da Vale no segundo trimestre não sinaliza necessariamente uma desaceleração porque o Brasil, como um todo, exportou uma quantidade 5,7 por cento maior do ingrediente usado na fabricação do aço no primeiro semestre deste ano, segundo a Bloomberg Intelligence.

A Vale mantém uma estratégia de expansão em meio ao excesso de oferta para ganhar participação de mercado das produtoras que praticam um custo mais elevado.

A empresa tirou proveito da alta de 29 por cento dos preços neste ano, que fortaleceu os lucros após a queda das commodities no ano passado.

O minério com 62 por cento de conteúdo entregue a Qingdao superou a casa de US$ 70 por tonelada em abril, mas desde então recuou, fechando em cerca de US$ 56 a tonelada na terça-feira, segundo dados da Metal Bulletin.

A Vale deverá divulgar os números de produção antes do início do pregão de quinta-feira, em São Paulo, e publicará seu balanço do segundo trimestre em 28 de julho.

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