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Produção da Petrobras cai, mas não afeta previsões

Estatal informou que produziu 1,888 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) em julho, uma queda de 4,6% ante o mês anterior


	Plataforma da Petrobras na Baia da Guanabara: para os analistas a queda na produção não deverá afetar os resultados da companhia
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Plataforma da Petrobras na Baia da Guanabara: para os analistas a queda na produção não deverá afetar os resultados da companhia (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 19h17.

São Paulo/Rio de Janeiro - A queda na produção da Petrobras entre junho e julho não afeta a expectativa de dias melhores para a estatal no último trimestre do ano, avaliaram bancos de investimentos e analistas de mercado consultados pela Reuters nesta terça-feira.

A estatal informou na noite de segunda-feira que produziu 1,888 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) em julho no Brasil, queda de 4,6 por cento ante junho.

"Algum declínio já era esperado após a produção mais forte do que o esperado em junho (que estávamos chamando de um soluço de produção), mas acabou mais suave do que a redução de 6 por cento na produção total de petróleo no Brasil, conforme anunciado pela ANP mais cedo ontem", afirmou o J.P Morgan em relatório desta terça-feira assinado por Caio Carvalhal e Felipe Santos.

"A pergunta mais importante continua sendo quando vamos ver a produção retomar crescimento... nossa expectativa é que o crescimento sustentável da produção deva ocorrer após o início dos grandes sistemas P-63 e P-55 , previsto para setembro." Outro analista que pediu para não ser identificado afirmou que o resultado da produção de julho não deve afetar as metas de produção da empresa, com previsão de elevar a extração de óleo nos próximos meses.

Em junho a produção, que inclui óleo e líquido de gás natural (LGN), havia sido de 1,979 milhão de bpd. No ano, a média de produção de petróleo da estatal está em 1,916 milhão de barris por dia no Brasil.

As ações da Petrobras fecharam em queda de 0,94 por cento nesta terça-feira.

"A redução no mês foi consequência de paradas programadas de plataformas na Bacia de Campos", disse a empresa, em comunicado.

A unidades afetadas foram a P-40, localizada no campo de Marlim Sul, a P-20, em Marlim, a PPM-1, em Pampo e o FPSO-RJ em Espadarte.

A produção do pré-sal também foi impactada, com a conclusão do Teste de Longa Duração (TLD) no campo de Sapinhoá Norte, na Bacia de Santos, operado pela unidade itinerante de produção FPSO Cidade de São Vicente.


A produção total (petróleo e gás natural) da Petrobras no Brasil em julho atingiu a média de 2,282 milhões de barris de óleo equivalente por dia, queda de 4,9 por cento ante junho.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou na segunda-feira que a Petrobras produziu 1,79 milhão de barris de petróleo por dia no Brasil em julho, uma queda de 4,8 por cento ante o mês anterior.

Novas Unidades

A plataforma P-63, primeira unidade de produção do projeto Papa Terra, na Bacia de Campos, concluiu as obras de adaptação a um novo layout submarino dentro prazo, informou a Petrobras.

A unidade já está na locação definitiva e seu primeiro óleo produzido deverá ocorrer no dia 23 de outubro.

A Petrobras avança também no processo de instalação da bóia de sustentação de risers (BSR) dos poços de Sapinhoá, para o FPSO Cidade de São Paulo. "Em sequência, serão iniciadas as operações de instalação do BSR do campo de Lula Nordeste para o FPSO Cidade de Paraty", informou.

A avaliação da empresa é que essas operações vão contribuir "para o crescimento próximo e sustentável da produção da Petrobras", junto com a entrada em funcionamento das plataformas P55, P58 e P61 ao longo do segundo semestre.

O governo conta com o aumento da produção da Petrobras nos próximos meses para eventualmente reverter o déficit da chamada "conta petróleo", que tem contribuído fortemente para o fraco desempenho da balança comercial brasileira.

Em agosto, as importações de petróleo, combustíveis e lubrificantes subiram 41,4 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,387 bilhões de dólares, e caíram quase 50 por cento ante julho.

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