Negócios

Problema com Toddynho não vai mais acontecer, diz Pepsico

Executivo responsável pelo produto afirmou a EXAME.com que falha foi pontual e que a empresa agiu corretamente

Toddyinho: problema foi pontual e não vai mais se repetir, afirma Pepsico (Toddyinho/Divulgação)

Toddyinho: problema foi pontual e não vai mais se repetir, afirma Pepsico (Toddyinho/Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 19h38.

São Paulo – Na semana passada, a confirmação de que unidades do Toddynho, um dos produtos mais vendidos pela Pepsico no Brasil, chegaram às prateleiras contaminados com detergente, abalou a estrutura e a imagem da companhia no país.

Em entrevista a EXAME.com, Vladmir Maganhoto, diretor da unidade de negócios Toddynho, afirmou que o problema não pode ser atribuído nem a falha de equipamento, nem a erro humano.  “Houve uma falha pontual no processo como um todo, não especificamente em um equipamento ou em uma atividade”, disse o executivo.

Como resposta, a Pepsico reforçou a vistoria em todo o processo de produção e garantiu que o problema foi pontual e não vai mais se repetir.

Veja, a seguir, trechos da entrevista concedida a EXAME.com por e-mail: 

EXAME.com: É possível atribuir a falha com o Toddynho a alguém?
Vladmir Maganhoto:
Houve uma falha pontual no processo como um todo, não especificamente em um equipamento ou em uma atividade. Os equipamentos são de última geração e as pessoas envolvidas em todo o processo passam por treinamentos constantes. Atribuir o episódio a uma única causa seria pouco preciso.

EXAME.com: Qual foi a primeira reação da Pepsico com a descoberta do problema?
Maganhoto:
Começamos a rever todo o processo de forma bastante detalhada e minuciosa. A própria autoridade sanitária do estado de São Paulo vistoriou a fábrica logo após o evento e atestou as boas práticas industriais da companhia. As linhas de produção seguiram funcionando sem qualquer restrição.
 
EXAME.com: Como vocês garantem que o mesmo erro não vai se repetir?
Maganhoto
: Fizemos um rastreamento rigoroso de todo o processo, levantando informações minuto a minuto da operação da linha de produção associada a esta falha. Com esse material e com a posterior vistoria da vigilância sanitária, que atestou a conformidade do processo, podemos garantir que este tipo de evento não se repetirá.


EXAME.com: Diante do problema, o que a companhia priorizou?
Maganhoto:
Acreditamos que o mais importante em situações como essa é manter a transparência e a agilidade nas informações. A empresa agiu rapidamente e de forma clara assim que teve conhecimento do ocorrido, sempre mantendo o foco no consumidor. Além de um plano robusto de comunicação, a PepsiCo deu todo o suporte a todos que contataram o SAC da empresa, incluindo a disponibilização de ajuda médica e de assistentes sociais.

EXAME.com: E a consequência? 
Maganhoto:
Sabemos que episódios como esse deixam alguma sequela, mas estamos confiantes que agimos de forma correta. A relação de uma marca como Toddynho, marca brasileira há 30 anos no mercado e que é uma das cinco maiores marcas da PepsiCo no país, com os consumidores tem um valor inestimável para nós.
 
EXAME.com: Esta é a primeira vez que acontece uma falha na linha de produção do Toddynho?
Maganhoto:
Não. Em 2007, a PepsiCo anunciou o recall de 16.200 unidades de Toddynho do mercado por detectar uma alteração no sabor do produto, que não oferecia riscos à saúde do consumidor. O recall foi realizado de forma proativa e preventiva com sucesso e os consumidores afetados puderam trocar as unidades com alteração por outras ou ter o valor da compra ressarcida.

EXAME.com: É possível mensurar o tamanho deste problema para a companhia?
Maganhoto:
Nesse momento, o foco da companhia é esclarecer a população sobre o ocorrido, acompanhar os casos e dar suporte aos consumidores que tiveram contato com os produtos alterados.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoEmbalagensEmpresasEmpresas americanasImagemPepsicoPrejuízoProcessos judiciaisVendas

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia