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Prisão de ex-presidente da Nissan é prorrogada até 11 de janeiro

O brasileiro é acusado de ocultar rendas milionárias e por tentar fazer com que a Nissan assumisse uma série de perdas de investimentos pessoais

Carlos: a prisão do empresário gerou críticas no exterior (Regis Duvignau/Reuters)
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EFE

Publicado em 31 de dezembro de 2018 às 07h53.

Tóquio — Um tribunal de Tóquio decidiu, nesta segunda-feira, prolongar até o dia 11 de janeiro a prisão do ex-presidente da Nissan Motors, o brasileiro Carlos Ghosn , detido por supostamente ocultar pagamentos milionários e cometer irregularidades fiscais com a companhia.

O empresário, de 64 anos, permanece em prisão preventiva desde o dia 19 de novembro por supostamente ocultar das autoridades rendas milionárias estipuladas com a companhia desde 2011, além de uma suposta violação de confiança agravada por tentar fazer que a Nissan assumisse uma série de perdas de investimentos pessoais.

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A extensão da detenção está vinculada com essa última acusação, que a princípio, o manteria preso até o dia 1º de janeiro, antes da prorrogação por mais dez dias aprovada nesta segunda-feira pelo tribunal.

A prisão de Ghosn gerou críticas no exterior sobre a possibilidade de que a lei japonesa permite estendê-la indefinidamente e pela particularidade do sistema japonês de permitir realizar interrogatórios sem a presença de um advogado.

Sobre Ghosn pesam até o momento três ordens de detenção, só uma delas com acusação formal, por suposta ocultação de renda entre 2011 e 2015.

Estão pendentes decisões sobre a segunda ordem de detenção, relacionada com os ganhos entre 2015 e 2018, assim como a terceira ordem sobre a violação de confiança.

Junto de Ghosn também foi detido o americano Greg Kelly, ex-diretor da Nissan e um colaborador próximo ao empresário brasileiro, que teria ajudado a ocultar suas remunerações.

Kelly, que negou as acusações, está em liberdade desde o último dia 25, após pagamento de fiança.

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