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Primo de Chávez vai dirigir filial da PDVSA nos EUA

Nomeação foi feita por Maduro um dia após ele prender a cúpula da companhia por corrupção

PDVSA: Asdrúbal Chávez foi ministro do Petróleo entre setembro de 2014 e agosto de 201 (Howard Yanes/Bloomberg)

PDVSA: Asdrúbal Chávez foi ministro do Petróleo entre setembro de 2014 e agosto de 201 (Howard Yanes/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 09h41.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nomeou nesta quarta-feira para a presidência da Citgo - filial da petroleira PDVSA nos EUA - Asdrúbal Chávez, primo do finado líder socialista Hugo Chávez, um dia após prender a cúpula da companhia por corrupção.

"Vai direto como presidente da Citgo, para reestruturar a Citgo, recuperar a Citgo, fortalecer a Citgo", disse Maduro ao anunciar a nomeação de Asdrúbal Chávez no canal estatal VTV.

Engenheiro químico de 63 anos, Asdrúbal Chávez foi ministro do Petróleo entre setembro de 2014 e agosto de 2015.

No final de 2015, foi eleito deputado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (chavista).

As autoridades venezuelanas prenderam na terça-feira José Ángel Pereira, que dirigia a Citgo, e cinco vice-presidentes da empresa - Tomeu Vadell, Alirio Zambrano, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas e José Luis Zambrano - por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes.

As prisões acontecem em meio às dificuldades da Venezuela no pagamento de sua dívida externa, estimada em 150 bilhões de dólares. Cerca de 30% do valor corresponde a títulos da PDVSA.

A estatal foi declarada em moratória na semana passada pela Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA), que reúne detentores de bônus.

Os Estados Unidos impuseram sanções financeiras à Venezuela, que segundo o governo de Maduro geram "problemas operacionais" que provocaram atrasos em pagamentos de juros e capital de bônus soberanos e da PDVSA.

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