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Primeiras assembleias de petroleiros indicam paralisação

Representantes dos trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa na quarta-feira, após reunião com a Petrobras


	Petrobras propôs reajuste nominal de 6,5%, além de gratificação. A FUP pede 10% de aumento real, acima da inflação
 (Andre Valentim / EXAME)

Petrobras propôs reajuste nominal de 6,5%, além de gratificação. A FUP pede 10% de aumento real, acima da inflação (Andre Valentim / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2012 às 10h35.

Rio - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou ontem que as primeiras assembleias de trabalhadores têm sido favoráveis à indicação de rejeitar a proposta de reajuste oferecida pela Petrobras e fazer uma paralisação de 24 horas no dia 26, quarta-feira. Os representantes dos trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa na quarta-feira, após reunião com a Petrobras.

Segundo a FUP, já começaram assembleias nas bases de representação em Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Ceará, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Duque de Caxias. Nenhuma concluiu as votações, pois os empregados trabalham em vários turnos e as assembleias são realizadas em diversas sessões. Em algumas, a votação pode levar quatro dias. A indicação da FUP pode ser votada até a véspera da paralisação.

A base de São Paulo, onde estão as refinarias de Capuava (Recap), de Presidente Bernardes (RPBC), Henrique Lage (Revap) e Paulínia (Replan), dará início às assembleias amanhã. A base de Macaé, no litoral norte do Rio, polo produtor de petróleo, também deverá começar as assembleias no fim de semana.

A Petrobras propôs reajuste nominal de 6,5%, além de gratificação. A FUP pede 10% de aumento real, acima da inflação. Pela assessoria de imprensa, a Petrobras disse que a negociação deste ano envolve apenas "cláusulas econômicas", como pactuado no ano passado. "As demais, de natureza social, têm validade até 31 de agosto de 2013."

Apesar disso, segundo o coordenador geral da FUP, João Antônio de Moraes, a entidade ainda pretende tratar de segurança no trabalho e regras de pagamento da participação nos lucros. "Tem pontos que tratamos com a empresa e achamos que ela está descumprindo. Ela não aceita a participação nossa na apuração de todos os acidentes." A Petrobras informou ainda que "as negociações, conduzidas pela área de Recursos Humanos da companhia, continuam". A

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