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Previ prepara ranking de governança corporativa

O diretor do fundo de pensão comentou que apenas uma tem o rating AAA no momento

Notas de real: o fundo tem investimentos em 115 empresas, sendo que o volume de recursos nas companhias participadas atinge em torno de R$ 88 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 13h52.

São Paulo - A Previ está preparando um ranking de governança das empresas investidas, revelou o diretor de Participações do fundo de pensão, Marco Geovanne da Silva. Ele comentou que apenas uma tem o rating AAA no momento, sem citar o nome.

Atualmente, o patrimônio da Previ gira em torno dos R$ 166 bilhões, sendo que em 2012 quase R$ 100 bilhões estavam alocados em renda variável. O fundo tem investimentos em 115 empresas, sendo que o volume de recursos nas companhias participadas atinge em torno de R$ 88 bilhões.

No portfólio estão Magazine Luiza, Fibria, Usiminas, Itaúsa, Tupy, Oi, BRF, Weg, Celesc, Ambev, Kepler Weber, Vale e Randon, entre outras. Na Ambev, por exemplo, a participação atual é de R$ 7,2 bilhões; na Kepler Weber, de R$ 114 milhões, e na Tupy de R$ 778 milhões, segundo o diretor.

Silva comentou ainda sobre o interesse do fundo de pensão do Banco do Brasil em participar dos leilões de concessão do governo.

"Adoraríamos participar do Galeão, e não querem nos deixar participar por questões de concorrência, o que não faz nenhum sentido", afirmou durante o 14º Congresso Internacional de Governança Corporativa promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).


Ele considera que a governança corporativa é a melhor forma de garantir o pagamento dos benefícios pelos fundos de pensão, mas isso significa um longo caminho a ser seguido. "É uma estrada longa, tem de haver princípios e fundamentos que norteiem como as pessoas vão atuar. Não se faz governança com visão de curto prazo, é preciso gastar tempo para fazê-la aparecer", disse o executivo.

Para Silva, três tópicos são fundamentais para os fundos de pensão: visão estratégica, monitoramento e remuneração. "A visão estratégica é a da criação sustentável de valor, o monitoramento é em relação às estruturas de governança, ao papel dos conselheiros. Já a remuneração é a questão de não focar o curto prazo. As empresas passam por ciclos, por isso não estamos preocupados com o que vai acontecer no terceiro trimestre, por exemplo", afirmou.

Nesse sentido, o executivo disse ainda que a cultura dos fundos de pensão brasileiros estimula a visão de longo prazo dos seus gestores e das companhias investidas, apesar de o mercado ainda estar maturando. "O mercado de capitais brasileiro ainda está num processo de amadurecimento, mas já apresentou avanços enormes na parte de governança corporativa, transparência e prestação de contas. O setor sofreu demais com as altas taxas de juros durante muito tempo, tanto que os investidores pessoas físicas ainda são acanhados", observou.

O executivo reclamou do fato de alguns considerarem a Previ como governo, e isso influencia na hora de votar nas assembleias das empresas. "Não somos governo, estamos separados do governo e não é justo cassarem nosso direito de votarmos com nossas ações", disse.

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São Paulo - A Previ está preparando um ranking de governança das empresas investidas, revelou o diretor de Participações do fundo de pensão, Marco Geovanne da Silva. Ele comentou que apenas uma tem o rating AAA no momento, sem citar o nome.

Atualmente, o patrimônio da Previ gira em torno dos R$ 166 bilhões, sendo que em 2012 quase R$ 100 bilhões estavam alocados em renda variável. O fundo tem investimentos em 115 empresas, sendo que o volume de recursos nas companhias participadas atinge em torno de R$ 88 bilhões.

No portfólio estão Magazine Luiza, Fibria, Usiminas, Itaúsa, Tupy, Oi, BRF, Weg, Celesc, Ambev, Kepler Weber, Vale e Randon, entre outras. Na Ambev, por exemplo, a participação atual é de R$ 7,2 bilhões; na Kepler Weber, de R$ 114 milhões, e na Tupy de R$ 778 milhões, segundo o diretor.

Silva comentou ainda sobre o interesse do fundo de pensão do Banco do Brasil em participar dos leilões de concessão do governo.

"Adoraríamos participar do Galeão, e não querem nos deixar participar por questões de concorrência, o que não faz nenhum sentido", afirmou durante o 14º Congresso Internacional de Governança Corporativa promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).


Ele considera que a governança corporativa é a melhor forma de garantir o pagamento dos benefícios pelos fundos de pensão, mas isso significa um longo caminho a ser seguido. "É uma estrada longa, tem de haver princípios e fundamentos que norteiem como as pessoas vão atuar. Não se faz governança com visão de curto prazo, é preciso gastar tempo para fazê-la aparecer", disse o executivo.

Para Silva, três tópicos são fundamentais para os fundos de pensão: visão estratégica, monitoramento e remuneração. "A visão estratégica é a da criação sustentável de valor, o monitoramento é em relação às estruturas de governança, ao papel dos conselheiros. Já a remuneração é a questão de não focar o curto prazo. As empresas passam por ciclos, por isso não estamos preocupados com o que vai acontecer no terceiro trimestre, por exemplo", afirmou.

Nesse sentido, o executivo disse ainda que a cultura dos fundos de pensão brasileiros estimula a visão de longo prazo dos seus gestores e das companhias investidas, apesar de o mercado ainda estar maturando. "O mercado de capitais brasileiro ainda está num processo de amadurecimento, mas já apresentou avanços enormes na parte de governança corporativa, transparência e prestação de contas. O setor sofreu demais com as altas taxas de juros durante muito tempo, tanto que os investidores pessoas físicas ainda são acanhados", observou.

O executivo reclamou do fato de alguns considerarem a Previ como governo, e isso influencia na hora de votar nas assembleias das empresas. "Não somos governo, estamos separados do governo e não é justo cassarem nosso direito de votarmos com nossas ações", disse.

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