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Presidente de companhia aérea paquistanesa renuncia após acidente

O porta-voz da companhia, Danyal Gilani, disse que Saigol renunciou no final da noite de ontem por "motivos pessoais"

Acidente: Uma equipe do fabricante italo-francês ATR chegou ontem à capital para investigar as causas do acidente (Faisal Mahmood)

Acidente: Uma equipe do fabricante italo-francês ATR chegou ontem à capital para investigar as causas do acidente (Faisal Mahmood)

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EFE

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 08h55.

Islamabad - O presidente da Paquistão International Airlines (PIA), Azam Saigol, renunciou por razões "pessoais", cinco dias após o acidente de um avião da companhia estatal que causou a morte de 47 pessoas, informou nesta terça-feira à Agência Efe uma fonte da empresa.

O porta-voz da companhia, Danyal Gilani, disse que Saigol renunciou no final da noite de ontem por "motivos pessoais", sem relação com o acidente de um ATR-42, na última quarta-feira, onde morreram 42 passageiros e cinco membros da tripulação.

Azam Saigol, pertencente a uma família que possui um dos grupos industriais maiores do país, foi nomeado presidente da companhia aérea estatal no mês de maio.

De acordo com a PIA, os pilotos do voo, que fazia o trajeto entre a cidade de Chitral e Islamabad, informaram que um dos dois motores da aeronave ATR-42 parou de funcionar, para pouco depois pedir ajuda e finalmente perder a comunicação com a torre de controle.

A renúncia aconteceu no mesmo dia que a PIA decidiu deixar em terra os dez ATR que opera para que sejam revisados, depois que no domingo um ATR-72 da companhia não decolou por problemas técnicos.

Uma equipe do fabricante italo-francês ATR chegou ontem à capital para investigar as causas do acidente ocorrido na semana passada.

Enquanto isso, o hospital governamental Instituto de Ciências Médicas do Paquistão continua o processo de identificação das vítimas do avião com análise dentária e de DNA, um processo que as autoridades esperam concluir até o próximo sábado.

A tragédia voltou a colocar em questão a segurança aérea de um país que teve três acidentes com aviões nos últimos seis anos.

O país asiático viveu em 2010 uma de suas piores tragédias aéreas, quando 152 pessoas morreram num acidente em Islamabad.

Dois anos mais tarde, outro desastre aéreo deixou 138 mortos perto da capital.

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