A presidente mundial da Lucent, Patricia Russo, afirmou que ainda não vê uma luz no fim do túnel para as empresas fabricantes de equipamentos de telecomunicações. Presente no ITU World Telecom, evento de telecomunicações promovido pela ITU, agência ligada à ONU que regula e normatiza o setor no mundo e que acontece em Genebra, na Suíça, Patricia se recusou a falar sobre o desempenho da Lucent. O ano fiscal da empresa foi encerrado no dia 30 de setembro e os números do seu último trimestre serão divulgados na próxima semana.

A executiva afirmou que o grande desafio para os fabricantes de equipamentos é melhorar a primeira linha dos seus balanços, ou seja, as vendas. Nos últimos três anos, as receitas das empresas têm caído apesar de as taxas de declínio do setor terem desacelerado nos últimos meses. Segundo ela, para que voltem a subir, as empresas terão de voltar a investir.

Questionada sobre as milhares de demissões e fechamento de fábricas realizadas pela Lucent após a explosão da bolha do mercado de telecomunicações, Patricia disse que a empresa fez o que precisava ser feito. No início de 2003, a Lucent frustrou previsões de que registraria algum lucro ao final do seu ano fiscal.