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Presidente da Huawei mente sobre laços com governo da China, diz Pompeo

O secretário de Estado norte-americano acredita que mais empresas dos Estados Unidos vão romper laços com a Huawei

Presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Huawei, Ren Zhengfei (Matthew Lloyd/Reuters)

Presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Huawei, Ren Zhengfei (Matthew Lloyd/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2019 às 11h45.

Washington — O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse nesta quinta-feira que o presidente executivo da chinesa Huawei Technologies está mentindo sobre os laços da companhia com o governo da China, e que acredita que mais empresas dos Estados Unidos vão romper laços com gigante de tecnologia.

Os Estados Unidos colocaram a Huawei Technologies em uma lista de restrições comerciais na semana passada, proibindo efetivamente que empresas dos EUA façam negócios com a maior fabricante de rede de telecomunicações do mundo, o que ampliou uma guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.

"A companhia está profundamente ligada não só à China, mas ao Partido Comunista chinês. E essa conexão, a existência dessas ligações, coloca informações americanas que passam por essas redes em risco", disse Pompeo em entrevista à CNBC.

A Huawei tem negado repetidamente ser controlada pelo governo, pelas forças militares ou por serviços de inteligência da China. Pompeo rejeitou as afirmações do CEO da Huawei, Ren Zhengfei, de que sua empresa nunca compartilharia segredos de usuários.

"Isso é falso. Dizer que eles não trabalham com o governo chinês é uma declaração falsa. É uma exigência das leis chinesas que ele faça isso. O CEO da Huawei, pelo menos, não está dizendo a verdade ao povo americano, nem ao mundo", disse Pompeo.

Questionado sobre a crença de que mais empresas deixariam de trabalhar com a Huawei, Pompeo afirmou: "Acreditamos. Estamos trabalhando no Departamento de Estado para garantir que todos compreendam os riscos."

Pompeo disse ainda acreditar em uma reportagem publicada pelo jornal New York Times, que afirma que a China utiliza tecnologia avançada de vigilância para subjugar minorias, o que inclui os muçulmanos uigures.

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