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Presidente da Fiat afirma que setor se adaptará a Trump

Marchionne declarou que o uso do Twitter por Trump para estabelecer políticas e influenciar nas decisões das empresas é algo novo

Sergio Marchionne: "O que vamos fazer com Trump? A resposta é 'nada', porque foi eleito. É o presidente dos Estados Unidos" (Rebecca Cook/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 17h51.

Detroit - O presidente do grupo Fiat Chrysler (FCA), Sergio Marchionne, afirmou nesta segunda-feira que o setor automotivo precisa de clareza em relação às políticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , e que os fabricantes precisarão se adaptar a elas.

Marchionne, que ofereceu em Detroit uma entrevista coletiva na inauguração do Salão Internacional do Automóvel da América do Norte (NAIAS), declarou que o uso do Twitter por Trump para estabelecer políticas e influenciar nas decisões das empresas é algo novo.

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"É um novo território para todos nós. É uma nova forma de comunicação e acho que vamos ter que aprender a responder", disse Marchionne.

"O que vamos fazer com Trump? A resposta é 'nada', porque foi eleito. É o presidente dos Estados Unidos. Responderemos a qualquer medida que determinar que é política relevante para os Estados Unidos. E nos adaptaremos. Não é desmoralizador. Somos fabricantes de automóveis", acrescentou Marchionne.

O presidente do FCA também afirmou em várias ocasiões durante a entrevista que os fabricantes de automóveis precisam ter mais informação sobre as políticas de Trump para poder tomar decisões.

"É necessário clareza. Todos precisamos de clareza", reforçou, completando que espera saber mais sobre os planos de Trump nos próximos 90 dias.

Hoje Trump agradeceu no Twitter ao FCA pelo anúncio de que o fabricante investirá US$ 1 bilhão nos Estados Unidos e criará dois mil empregos.

Trump, que no passado ameaçou outros fabricantes por sua produção de veículos no México, disse que "finalmente está acontecendo: Fiat Chrysler acaba de anunciar planos de investir US$ 1 bilhão em suas fábricas de Michigan e Ohio, criando 2.000 empregos".

Marchionne negou que o anúncio fosse uma medida para evitar um ataque de Trump, que até agora ameaçou Ford, General Motors (GM) e Toyota com tarifas alfandegárias pela importação aos Estados Unidos de veículos produzidos no México.

"Não falei com o presidente (eleito) Trump. Não falei com seus assessores. A decisão foi considerada e discutida durante muito tempo", explicou.

Marchionne reiterou ainda o compromisso da empresa de manter a produção nos Estados Unidos.

"Não esquecemos como chegamos aqui e devemos muito a este país. O desenvolvimento da Jeep internacionalmente é uma obrigação moral sacrossanta", considerou o empresário ítalo-canadense.

"Uma parte-chave de nossos planos é continuar fazendo veículos de tamanho médio e grande nos EUA para nossa expansão internacional", concluiu Marchionne.

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