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Presidente da Eletrobras diz que está otimista com privatização

Executivo disse que as seis distribuidoras deficitárias, que tinham leilão previsto para o final de maio, agora deverão ser vendidas em meados de junho

Eletrobras: presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., disse nesta quinta-feira, 19, em entrevista à rádio CBN, que está otimista com o processo de privatização da empresa (Tiago Queiroz/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2018 às 11h15.

O presidente da Eletrobras , Wilson Ferreira Jr., disse nesta quinta-feira, 19, em entrevista à rádio CBN, que está otimista com o processo de privatização da empresa, embora tenha havido alterações de calendário. "Sou otimista. Há entendimentos nas esferas de governo e na Câmara para isso. Vamos viabilizar no mês de junho."

Na , em reunião da Apimec-RJ para falar do resultado da companhia em 2017, o executivo disse que as seis distribuidoras deficitárias, que tinham leilão previsto para o final de maio, agora deverão ser vendidas em meados de junho. A confirmação da data depende, no entanto, de parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) e de um acordo com a Petrobras sobre uma dívida de R$ 20 bilhões da Amazonas Energia, referente ao consumo de combustível por térmicas da distribuidoras de eletricidade.

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Em relação ao TCU, Ferreira Jr. disse que ainda a companhia não teve acesso a parecer questionando o modelo para leiloar essas empresas que traria possível alta de tarifa. O parecer, segundo o jornal Folha de S.Paulo, diz que a venda de seis distribuidoras provocaria enriquecimento sem causa de agentes privados e aumento de tarifas ao consumidor. "Ainda não tivemos acesso a parecer do TCU, aguardamos para avaliar", respondeu o executivo.

Ele ressaltou que a perspectiva é baixar as tarifas com a privatização. "A bandeira tarifária é praticamente eliminada nesse processo", explicou, citando ainda que os aumentos de tarifas já ocorreram no ano passado, sem relação com a reestruturação da Eletrobras, mas como um mecanismo comum e anual de reajustes.

Ferreira Jr. comentou que há elevados índices de fraude nas contas de luz e que é preciso considerar a qualidade do serviço. Esses pontos tendem a melhorar com a privatização, defendeu o executivo. "Haverá uma melhora para o consumidor na questão das tarifas. Entendo que no momento em que essas coisas forem colocadas à mesa com o TCU, haverá entendimento de perspectiva de melhora".

A privatização, disse, depende essencialmente de mobilização do governo. Nesse ponto, o presidente da Eletrobras comentou sua apresentação à Câmara dos Deputados neste semana, admitindo que há oposição, mas que teve a oportunidade de apresentar o projeto e vários deputados da base aliada se manifestaram a favor. "A Eletrobrras é a 16ª maior empresa em ativos do mundo e das 50 maiores em valor de mercado do mundo", ressaltou.

Sobre o apoio dos novos ministros, ele disse que conta com três nomes familiarizados com a questão da privatização da Eletrobras. Citando o ministro de Minas e Energia anterior, Fernando Bezerra Filho, disse que "num prazo de dois anos conseguimos avançar muito, culminando inclusive na privatização da Eletrobras. Havia muita dúvida com a saída do Fernando Coelho mas entendo que Moreira Franco está alinhado com perspectiva de privatização desde o início".

Ele também citou o novo ministro do Planejamento, Esteves Colnago, "que foi conselheiro da Eletrobras", e o da Fazenda, Eduardo Guardia, que já se manifestou publicamente favorável à operação.

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