Negócios

Preço deve ajudar margens da Klabin no 2º semestre

São Paulo - Os preços dos papéis praticados pela Klabin devem aumentar no segundo semestre de 2010 em relação aos primeiros seis meses do ano, favorecendo as margens da companhia. Mesmo com algumas produtoras de celulose anunciando redução nos preços, ainda existe pressão para novos aumentos do papel, disse nesta segunda-feira o diretor-geral da Klabin, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - Os preços dos papéis praticados pela Klabin devem aumentar no segundo semestre de 2010 em relação aos primeiros seis meses do ano, favorecendo as margens da companhia.

Mesmo com algumas produtoras de celulose anunciando redução nos preços, ainda existe pressão para novos aumentos do papel, disse nesta segunda-feira o diretor-geral da Klabin, Reinoldo Poernbacher.

"Houve uma rodada de aumento de preços (de papel) e de fato o mercado espera que deverá haver uma segunda rodada... Em celulose, mesmo com uma pequena queda do preço agora, houve um aumento grande desde o final do ano passado... Isso tem criado pressão de custo e é possível que surjam novos aumentos (do papel)", afirmou a jornalistas.

De acordo com o diretor de Relações com Investidores da Klabin, Sergio Alfano, o eventual aumento nos preços na segunda metade do ano vai elevar a margem Ebitda da companhia, que subiu quatro pontos percentuais no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 26 por cento, mas cedeu três pontos ante o primeiro trimestre.

"Os preços que praticaremos no terceiro e quarto trimestres serão bem melhores", afirmou.

No segundo trimestre, a empresa teve lucro líquido de 49 milhões de reais, queda de 84 por cento ante igual período de 2009, quando a empresa foi beneficiada por variações cambiais. No semestre, o lucro caiu 76 por cento. Apesar de menor, o lucro trimestral da Klabin ficou em linha com a média das estimativas de quatro analistas consultados pela Reuters, de ganho de 49,3 milhões de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 236 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 58 por cento sobre um ano antes. De janeiro a junho, o Ebitda aumentou 45 por cento.

A receita líquida no segundo trimestre cresceu 33 por cento, totalizando 905 milhões de reais. No semestre, a alta foi de 25 por cento, para 1,75 bilhão de reais.

 


Vendas em alta

O volume de vendas no segundo trimestre, sem incluir madeira, subiu 23 por cento, chegando a 430 mil toneladas. De janeiro a junho, houve avanço de 22 por cento, para 863 mil toneladas.

Do total vendido no semestre, segundo a Klabin, 38 por cento correspondeu a cartões revestidos, 29 por cento a caixas de papelão ondulado, 23 por cento de kraftliner, 8 por cento de sacos industriais e o restante correspondeu a outros produtos.

O custo dos produtos vendidos no segundo trimestre foi de 655 milhões, totalizando 1,25 bilhão de reais nos seis primeiros meses de 2010. Isso representa alta de 26 por cento e de 20 por cento, respectivamente, sobre um ano antes.

Os custos de abril a junho também subiram 10 por cento quando comparados ao primeiro trimestre, "em função de variação do mix de produtos, aumento do quadro de pessoal da companhia, elevação do preço e consumo das matérias primas e da parada geral em Monte Alegre".

A dívida líquida da Klabin estava em 2,34 bilhões de reais no fim do junho, queda de 3,5 por cento sobre março.

No segundo trimestre de 2010, a Klabin investiu 98 milhões de reais, montante 35 por cento maior na comparação anual.

A companhia mantém a meta de investir em uma fábrica de celulose, que pode chegar a 1,5 milhão de toneladas por ano, além de uma nova máquina de cartões.

As ações da Klabin cediam 0,39 por cento, a 5,10 reais, às 16h14. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 1,66 por cento.


Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasKlabinMadeiraPapel e CeluloseVendas

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia