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Home office ainda é tabu para empresas brasileiras

Levantamento da Remunerar aponta que apesar de ser um forte elemento de motivação, 38% das empresas não têm a intenção de implementar o trabalho remoto

Entre as que já permitem o home office, 59,68% pratica o modelo em apenas em alguns departamentos (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 15h19.

São Paulo - Recentemente o Yahoo protagonizou polêmica no mundo corporativo ao eliminar o home office de suas práticas em gestão de pessoas .

Houve quem defendesse a empresa, uma vez que a relação entre eficiência e produtividade poderia estar fora de controle no caso da companhia encabeçada por Marissa Mayer. No entanto, a maior parte dos comentários sobre o assunto julgou o movimento como um retrocesso.

Aqui, no Brasil, a prática ainda está em processo de popularização, com alguma resistência. Segundo levantamento da Remunerar, consultoria de remuneração, 38% das empresas afirmam não ter a intenção de implementar este modelo de trabalho.

Atualmente, segundo o levantamento, 34,75% das empresas já lança mão do trabalho remoto – para 54% destas, até 30% do total de horas dos funcionários elegíveis à modalidade é feita em ambiente remoto.

Marcelo Samogin, diretor e consultor sênior da Remunerar, afirma que as empresas locais ainda estão amarradas em conceitos que transcendem os números. “A cultura do controle do funcionário não tem ajudado as empresas a gerir seus times de um jeito moderno”, afirma.

Eficiência e produtividade

O levantamento da Remunerar traz dados de 415 empresas de diferentes portes, que agregam uma visão sobre como as empresas paulistas – capital e interior – tem praticado o home office.

Em tempos de falta de mão-de-obra, a prática pode virar moeda de troca para manter os talentos na equipe. A pesquisa aponta que 47% dos funcionários julgam a prática altamente motivadora.


A maior parte das consultadas já oferece home office há mais de 5 anos (28%). A dificuldade está no cálculo de eficiência desse modelo. Segundo Samogin, as empresas ainda não conseguem por na ponta do lápis o quando se ganha (ou se perde) em produtividade quando o funcionário está em casa. “O fato é que a produtividade é uma questão estrutural no Brasil.”

A eficiência da operação também é pouco calculada. “Hoje o aluguel de um escritório custa o dobro do que custava dez anos atrás”, diz. “Se eu mandar metade da minha força de trabalho para casa, eu consigo investir esse dinheiro economizado na retenção de talentos.” Isso para não falar da questão da mobilidade, importante gargalo de infraestrutura nas principais capitais do país.

Setores

Entre as que já permitem o home office, 59,68% pratica o modelo em apenas em algumas áreas.

Os departamentos de vendas, marketing, tecnologia da informação e recursos humanos são os mais adeptos – principalmente no setor de serviços (70%). “Há segmentos da indústria de Brasil novo e Brasil antigo, naturalmente as empresas e departamentos que já trabalham por projeto têm maior propensão à adoção do mecanismo.”

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São Paulo - Recentemente o Yahoo protagonizou polêmica no mundo corporativo ao eliminar o home office de suas práticas em gestão de pessoas .

Houve quem defendesse a empresa, uma vez que a relação entre eficiência e produtividade poderia estar fora de controle no caso da companhia encabeçada por Marissa Mayer. No entanto, a maior parte dos comentários sobre o assunto julgou o movimento como um retrocesso.

Aqui, no Brasil, a prática ainda está em processo de popularização, com alguma resistência. Segundo levantamento da Remunerar, consultoria de remuneração, 38% das empresas afirmam não ter a intenção de implementar este modelo de trabalho.

Atualmente, segundo o levantamento, 34,75% das empresas já lança mão do trabalho remoto – para 54% destas, até 30% do total de horas dos funcionários elegíveis à modalidade é feita em ambiente remoto.

Marcelo Samogin, diretor e consultor sênior da Remunerar, afirma que as empresas locais ainda estão amarradas em conceitos que transcendem os números. “A cultura do controle do funcionário não tem ajudado as empresas a gerir seus times de um jeito moderno”, afirma.

Eficiência e produtividade

O levantamento da Remunerar traz dados de 415 empresas de diferentes portes, que agregam uma visão sobre como as empresas paulistas – capital e interior – tem praticado o home office.

Em tempos de falta de mão-de-obra, a prática pode virar moeda de troca para manter os talentos na equipe. A pesquisa aponta que 47% dos funcionários julgam a prática altamente motivadora.


A maior parte das consultadas já oferece home office há mais de 5 anos (28%). A dificuldade está no cálculo de eficiência desse modelo. Segundo Samogin, as empresas ainda não conseguem por na ponta do lápis o quando se ganha (ou se perde) em produtividade quando o funcionário está em casa. “O fato é que a produtividade é uma questão estrutural no Brasil.”

A eficiência da operação também é pouco calculada. “Hoje o aluguel de um escritório custa o dobro do que custava dez anos atrás”, diz. “Se eu mandar metade da minha força de trabalho para casa, eu consigo investir esse dinheiro economizado na retenção de talentos.” Isso para não falar da questão da mobilidade, importante gargalo de infraestrutura nas principais capitais do país.

Setores

Entre as que já permitem o home office, 59,68% pratica o modelo em apenas em algumas áreas.

Os departamentos de vendas, marketing, tecnologia da informação e recursos humanos são os mais adeptos – principalmente no setor de serviços (70%). “Há segmentos da indústria de Brasil novo e Brasil antigo, naturalmente as empresas e departamentos que já trabalham por projeto têm maior propensão à adoção do mecanismo.”

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