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Possível compra da GVT terá análise "separada" da Tim

Cade determinou que a Telefonica se desfizesse de sua participação no grupo italiano que controla a TIM no Brasil, ou que dividisse a Vivo com outro sócio

Telefônica: novo negócio ajuda empresa a resolver a pendência que envolve a participação na TIM, mas será julgado pelo órgão antitruste de maneira desvinculada (Dominique Faget/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 12h10.

Brasília - O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Carvalho, avaliou nesta quarta-feira, 06, que ainda é cedo para se comentar a oferta de R$ 20,1 bilhões feita pela espanhola Telefonica à francesa Vivendi para compra da GVT .

Ainda assim, ele comentou que o negócio, se for aceito, pode ser "um passo" para o cumprimento da decisão do órgão antitruste sobre a participação da Telefonica na TIM .

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O fato relevante publicado na terça-feira, 05, pela Telefonica oferece cerca de 60% do valor em dinheiro - R$ 11,9 bilhões - para a Vivendi e o restante em ações, incluindo papéis da Telecom Itália .

No fim do ano passado, o Cade determinou que a Telefonica se desfizesse de sua participação no grupo italiano que controla a TIM no Brasil, ou que dividisse a Vivo com outro sócio.

"O presidente da Telefonica no Brasil, Antônio Carlos Valente, me ligou ontem para explicar o fato relevante após a publicação", contou Carvalho. "Mas se a Vivendi aceitar a proposta pela GVT, não sabemos ainda qual será a redução da participação da Telefonica na Telecom Itália", acrescentou.

Apesar desse novo negócio em tese ajudar a Telefonica a resolver a pendência concorrencial que envolve a participação do grupo espanhol na TIM, Carvalho reforçou que a nova operação - caso se concretize - será julgada pelo órgão antitruste de maneira desvinculada. "A GVT ainda não foi vendida. Caso isso ocorra, o Cade fará uma análise minuciosa e detalhada. E essa análise não pode ocorrer em função de uma decisão tomada em outro caso", completou.

Ainda ontem, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a Telefonica não poderá controlar a operação da GVT no Estado de São Paulo, uma vez que a companhia espanhola já detém a concessão para o serviço de telefonia fixa na região, enquanto a GVT possui autorização para prestar o mesmo serviço em todo o território nacional. O presidente do Cade não comentou as declarações do ministro.

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