Smartphone Positivo Ypy: o desafio da empresa é equilibrar dois mercados com tendências opostas (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 09h44.
São Paulo - A Positivo Informática espera manter em 2015 o ritmo de investimentos deste ano e, enquanto aporta recursos na fabricação de smartphones no Brasil, espera que a queda nas vendas de PCs seja atenuada, afirmou o presidente da empresa, Hélio Rotenberg, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Em 2014, a Positivo Informática investiu no início da produção própria de smartphones em sua fábrica de Curitiba.
De acordo com Rotenberg, um próximo passo poderia ser a implantação de melhorias no parque fabril para permitir a produção de aparelhos com a tecnologia 4G embarcada.
O desafio da empresa é equilibrar dois mercados com tendências opostas. As vendas de notebooks vêm caindo.
No acumulado dos nove meses de 2014, a retração foi de 28,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Enquanto isso, os tablets cresceram 1,1% e a alta foi de mais de 500% nos smartphones.
"O que os institutos de pesquisa estão dizendo é que os PCs param de cair no ano que vem. E ainda esperamos ter um crescimento significativo em telefones", afirma Rotenberg.
Líder
A companhia ainda gosta de dizer que lidera o mercado de PCs no Brasil. Embora admita que durante alguns meses no passado chegou a perder o posto para chinesa a Lenovo, a Positivo afirma que se mantém como a maior vendedora de computadores do Brasil há dez anos.
Segundo a empresa, sua fatia de mercado no terceiro trimestre deste ano atingiu 16,6%, sendo de 17,1% em notebooks e de 15,6% em desktops. Os dados levam em conta medições da consultoria IDC.
A estratégia de apostar em computadores de preços mais acessíveis do que a média do mercado também vem sendo usada para tablets e smartphones.
Questionado sobre as investidas de gigantes mundiais nestes negócios, Rotenberg destaca a experiência da companhia em negociações com varejistas, empresas e governos como uma vantagem.
"A entrada das multinacionais nos nossos mercados aconteceu a partir de 2009, Todas querem ocupar todas as faixas de preço. E isso (o mercado de entrada) já não é um privilégio nosso há alguns anos."
Já o dólar apreciado tende a pesar sobre os custos da companhia. O executivo defende que essas altas vão continuar sendo repassadas aos preços finais. "Já houve repasses em outubro e haverá novos", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.