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Por que desempenho da Vale foi bom, apesar da queda do lucro

Prejuízo mais de duas vezes maior que o do ano passado se deveu a fatores externos ao negócio, como pagamento de dívidas

Vale: apesar de queda nos lucros, desempenho da empresa não foi ruim (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 17h01.

São Paulo – A Vale apresentou hoje resultados que inicialmente parecem muito ruins: seu lucro caiu 98% no ano de 2013, chegando a 514 milhões de reais, e seu prejuízo no quarto trimestre mais que dobrou em relação ao apresentado no mesmo período do ano anterior.

De acordo com analistas de mercado ouvidos por EXAME.com, porém, estes números não significam que a empresa teve um desempenho ruim. Principalmente porque o prejuízo não teve nada a ver com o negócio da mineradora , e sim a fatores externos.

Em 2013, a Vale aderiu ao Programa de Renegociação Fiscal (Refis), que parcela dívidas tributárias, e perdeu 14 bilhões de reais com isso só no quarto trimestre. Se não tivesse pagado à vista boa parte do que devia, teria ficado no zero à zero.

Além disso, a empresa sofreu com a desvalorização do real e com a perda de alguns ativos – desde o ano passado, a mineradora está com um programa de desinvestimentos e colocou à venda diversos locais de produção.

“O que é preciso entender é que, para o setor de mineração, o que importa não é o lucro líquido, e sim a geração de caixa”, afirmou um analista do setor. “E nesse quesito, a Vale foi muito bem”, disse.

A geração de caixa medida pelo Ebitda , que é o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, ou seja, sem contar os fatores externos, chegou a 22,7 bilhões de dólares, o terceiro mais alto da história da mineradora.

Suas despesas caíram em 25%, chegando ao nível de 2010, e os preços do minério de ferro, do níquel e do cobre tendem a se manter altos neste ano, por conta do nível de qualidade. Portanto, o caixa deve continuar crescendo.

“Todos esses motivos mostram um forte desempenho operacional e fazem a Vale ter motivos para acreditar que, em 2014, voltará a crescer”, afirma o analista.

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De acordo com analistas de mercado ouvidos por EXAME.com, porém, estes números não significam que a empresa teve um desempenho ruim. Principalmente porque o prejuízo não teve nada a ver com o negócio da mineradora , e sim a fatores externos.

Em 2013, a Vale aderiu ao Programa de Renegociação Fiscal (Refis), que parcela dívidas tributárias, e perdeu 14 bilhões de reais com isso só no quarto trimestre. Se não tivesse pagado à vista boa parte do que devia, teria ficado no zero à zero.

Além disso, a empresa sofreu com a desvalorização do real e com a perda de alguns ativos – desde o ano passado, a mineradora está com um programa de desinvestimentos e colocou à venda diversos locais de produção.

“O que é preciso entender é que, para o setor de mineração, o que importa não é o lucro líquido, e sim a geração de caixa”, afirmou um analista do setor. “E nesse quesito, a Vale foi muito bem”, disse.

A geração de caixa medida pelo Ebitda , que é o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, ou seja, sem contar os fatores externos, chegou a 22,7 bilhões de dólares, o terceiro mais alto da história da mineradora.

Suas despesas caíram em 25%, chegando ao nível de 2010, e os preços do minério de ferro, do níquel e do cobre tendem a se manter altos neste ano, por conta do nível de qualidade. Portanto, o caixa deve continuar crescendo.

“Todos esses motivos mostram um forte desempenho operacional e fazem a Vale ter motivos para acreditar que, em 2014, voltará a crescer”, afirma o analista.

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