Por dentro da fábrica da BASF em Guaratinguetá
No complexo químico do interior de São Paulo são feitos 1.500 produtos diferentes, que respondem por 40% do faturamento da empresa no Brasil
Luísa Melo
Publicado em 19 de julho de 2014 às 23h15.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h07.
São Paulo - Na fábrica da BASF , em Guaratinguetá, no interior de São Paulo são feitos 1.500 produtos diferentes. De lá saem defensores agrícolas, biodiesel e até matérias-primas para adesivos, resinas, tintas, detergentes e cosméticos. Trata-se do maior complexo químico da América do Sul. Ao todo, são 14 unidades produtivas com capacidade para fabricar 340 toneladas de químicos anualmente. O que é produzido ali responde por cerca de 40% de todo o faturamento da BASF no Brasil, que no ano passado foi de 2,7 bilhões de euros. A planta tem 380 hectares (ou 3,8 milhões de metros quadrados), sendo 10% de área fabril e o restante de verde e reserva ambiental. Navegue pelas fotos e conheça mais sobre:
Empresa funciona no local há 55 anos.
Cerca de 1.000 funcionários da BASF trabalham no complexo, além de aproximadamente 900 profissionais terceirizados.
Como a estrutura é muito grande, a empresa disponibiliza bicicletas para que os funcionários possam circular pelo complexo.
No laboratório de estudos ambientais a equipe realiza estudos que depois são submetidos a órgãos regulatórios como Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura para o registro de novos defensivos agrícolas.
Um dos milhares de produtos fabricados no complexo, o poliuretano, é uma espécie de plástico produzido através de uma reação química que forma uma espuma. Ele é usado em peças de sistemas de suspensão em carros (foto).
Outro item bem conhecido fabricado pela BASF é o poliestireno expansível, matéria-prima para o material conhecido como Isopor (marca que é feita por outra empresa) e bastante usado na construção civil. A marca da BASF para o mesmo produto tem o nome de Styropor.
Dentro do complexo químico, a BASF mantém uma oficina para realizar reparos em peças e ferramentas quando necessário. Assim, gasta-se menos tempo e menos recursos.
Há dois restaurantes na empresa, que servem refeições a cerca de 2.000 pessoas diariamente.
Após as refeições, os trabalhadores podem aproveitar a vista para o verde para ler e descansar em espaços como o quiosque da leitura (foto). "A BASF preza pelo bem-estar do funcionário e por isso torna espaço, que é muito grande, em um lugar agradável", diz Patrick Silva, Diretor Industrial do Complexo Químico de Guaratinguetá.
Duas vezes por semana, os empregados da companhia podem realizar ginástica laboral.
Na Central de Comunicação (CECOM) funcionários monitoram todas os 23 complexos da BASF na América do Sul. Nela são feitas simulações de incêndio e crise, por exemplo, possíveis problemas monitorados pelos profissionais que trabalham ali. Há também um canal aberto para esclarecimentos à comunidade.
A BASF capta água diretamente do Rio Paraíba do Sul, nas margens do qual é localizada, em Guaratinguetá.
Na estação de tratamento de efluentes (ETE)todos os resíduos industriais gerados na fábrica são tratados antes de serem lançados no rio Paraíba do Sul. Por hora, são processados em média 208 metros cúbicos (ou 208.000 litros) de efluentes. O sistema tem capacidade para tratar o esgoto de uma cidade de 100 mil habitantes.
Os resíduos sólidos de várias unidades da BASF pelo Brasil são processados no incinerador da planta de Guaratinguetá. A capacidade do sistema é para 3.600 toneladas por ano. Materiais vindos de outras empresas tambem são queimados no local. A BASF também incinera gratuitamente resíduos hospitalares gerados nas cidades de Guaratinguetá e Potim.
Dentro da empresa, há uma ferrovia que transporta materiais direto da fábrica para o Porto de Santos.
A BASF utiliza um moderno depósito vertical, totalmente operado por máquinas que conferem os produtos por meio de sensores eletrônicos e códigos de barra. Ele tem capacidade para armazenar mais de 8.000 paletes.
Foram investidos 8 milhões de euros na instalação desse almoxarifado.
Desde 1984, a BASF tem um programa de recuperação da mata ciliar, chamado "Mata Viva". Até o ano passado, foram plantadas mais de 220.000 mudas de árvores nativas ao longo rio Paraíba do Sul, numa área de 128 hectares, dentro do complexo industrial.
A empresa promove visitas de estudantes de escolas de Guaratinguetá e região, que observam a reserva ambiental de um mirante e recebem aulas de ecologia. Este ano a BASF e a Espaço ECO, fundação da empresa, fizeram uma parceira com a Secretaria Municipal de Educação de Guaratinguetá e treinou mais de 40 professores para, juntos, eleborarem um altlas com informações geográficas e ambientais da cidade. O material será distribuído para mais de 6 mil habitantes do local e fará parte do currículo escolar dos estudantes.
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