Shell pode ter movido plataforma para evitar impostos
Segundo parlamentar norte-americano, plataforma que encalhou no Alasca teria sido movimentada pela empresa para evitar milhões de dólares em impostos
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 11h09.
Anchorage - A Shell pode ter movido uma plataforma de petróleo que encalhou na costa do Alasca na semana passada para evitar milhões de dólares em impostos, disse o parlamentar norte-americano Ed Markey, levantando ainda mais perguntas sobre a decisão da empresa.
A carta do principal democrata no Comitê de Recursos Naturais da Câmara de Representantes acrescenta pressão à ambiciosa e conturbada investida de perfuração da Royal Dutch Shell no Ártico no ano passado.
A sonda Kulluk, de 30 anos de idade, foi removida na noite de ano novo durante o que foi descrito como condições de "quase furacão", quando foi rebocada para o sul, onde ficará durante o inverno.
Em uma carta ao principal executivo da Shell, Marvin Odum, Markey disse que a decisão de mover a sonda "pode ter sido, em parte, por um desejo de evitar responsabilidade fiscal sobre o equipamento".
No final de dezembro, um porta-voz da Shell disse a um jornal local, o Dutch Harbor Fisherman, que era "justo dizer que a atual estrutura de impostos relacionada às embarcações deste tipo influenciaram o momento da retirada".
Mas a Shell disse em resposta a Markey, na quinta-feira, que sua decisão foi baseada em questões de segurança, não por impostos.
Markey, um conhecido crítico sobre a indústria de petróleo e gás, disse que seu escritório recebeu informações sobre a Shell do departamento de receita do Alasca.
A Shell poderia ter sido exposta a uma taxação estadual caso a plataforma tive permanecido no Alasca até 1o de janeiro, uma vez que a legislação do Estado diz que uma taxa anual de 2 por cento pode ser aplicada a equipamentos de perfuração naquela data, disse Markey em uma carta enviada na quarta-feira.
A empresa gastou 292 milhões de dólares na plataforma desde sua compra em 2005, então a responsabilidade poderia ser de cerca de 6 milhões de dólares, ele escreveu. No total, a Shell pagou 4,5 bilhões de dólares desde 2005 para desenvolver as vastas reservas de petróleo do Ártico.
Jim Greeley, assessor da administração fiscal do Alasca, explicou que os impostos se aplicam sobre propriedades usadas para exploração, produção ou transporte de petróleo ou gás natural. Ele não soube dizer se a Kulluk teria sido tributada ou se as ações da Shell evitaram o imposto.
O assunto é complicado pelo fato de que a perfuração da Shell estava sendo desenvolvida em águas federais.
"Não há precedentes tributários para isso" pelo menos não nos últimos tempos, disse Greeley, acrescentando que os funcionários do departamento pesquisavam práticas fiscais de duas décadas atrás quando houve uma enxurrada de perfuração no mar do Alasca.
A decisão teria sido feita no momento em que o Estado publica suas descrições tributárias em 1o de março.
Uma porta-voz da Shell disse que o plano para a Kulluk neste inverno sempre foi para que a sonda fosse removida em dezembro.
"Apesar de estamos cientes do enquadramento fiscal onde operamos, a motivação para decisões operacionais é governada por questões de segurança", disse ela.
Anchorage - A Shell pode ter movido uma plataforma de petróleo que encalhou na costa do Alasca na semana passada para evitar milhões de dólares em impostos, disse o parlamentar norte-americano Ed Markey, levantando ainda mais perguntas sobre a decisão da empresa.
A carta do principal democrata no Comitê de Recursos Naturais da Câmara de Representantes acrescenta pressão à ambiciosa e conturbada investida de perfuração da Royal Dutch Shell no Ártico no ano passado.
A sonda Kulluk, de 30 anos de idade, foi removida na noite de ano novo durante o que foi descrito como condições de "quase furacão", quando foi rebocada para o sul, onde ficará durante o inverno.
Em uma carta ao principal executivo da Shell, Marvin Odum, Markey disse que a decisão de mover a sonda "pode ter sido, em parte, por um desejo de evitar responsabilidade fiscal sobre o equipamento".
No final de dezembro, um porta-voz da Shell disse a um jornal local, o Dutch Harbor Fisherman, que era "justo dizer que a atual estrutura de impostos relacionada às embarcações deste tipo influenciaram o momento da retirada".
Mas a Shell disse em resposta a Markey, na quinta-feira, que sua decisão foi baseada em questões de segurança, não por impostos.
Markey, um conhecido crítico sobre a indústria de petróleo e gás, disse que seu escritório recebeu informações sobre a Shell do departamento de receita do Alasca.
A Shell poderia ter sido exposta a uma taxação estadual caso a plataforma tive permanecido no Alasca até 1o de janeiro, uma vez que a legislação do Estado diz que uma taxa anual de 2 por cento pode ser aplicada a equipamentos de perfuração naquela data, disse Markey em uma carta enviada na quarta-feira.
A empresa gastou 292 milhões de dólares na plataforma desde sua compra em 2005, então a responsabilidade poderia ser de cerca de 6 milhões de dólares, ele escreveu. No total, a Shell pagou 4,5 bilhões de dólares desde 2005 para desenvolver as vastas reservas de petróleo do Ártico.
Jim Greeley, assessor da administração fiscal do Alasca, explicou que os impostos se aplicam sobre propriedades usadas para exploração, produção ou transporte de petróleo ou gás natural. Ele não soube dizer se a Kulluk teria sido tributada ou se as ações da Shell evitaram o imposto.
O assunto é complicado pelo fato de que a perfuração da Shell estava sendo desenvolvida em águas federais.
"Não há precedentes tributários para isso" pelo menos não nos últimos tempos, disse Greeley, acrescentando que os funcionários do departamento pesquisavam práticas fiscais de duas décadas atrás quando houve uma enxurrada de perfuração no mar do Alasca.
A decisão teria sido feita no momento em que o Estado publica suas descrições tributárias em 1o de março.
Uma porta-voz da Shell disse que o plano para a Kulluk neste inverno sempre foi para que a sonda fosse removida em dezembro.
"Apesar de estamos cientes do enquadramento fiscal onde operamos, a motivação para decisões operacionais é governada por questões de segurança", disse ela.