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Polícia Civil de MG analisa amostras recolhidas da cervejaria Backer

Autoridades suspeitam de que lotes de cervejas produzidas pela fábrica podem ter sido contaminadas pela substância dietilenoglicol e intoxicado consumidores

Cerveja: lotes da pilsen Belorizontina, da Backer, foram recolhidos e passam por análises (John Peabody/Getty Images)

Cerveja: lotes da pilsen Belorizontina, da Backer, foram recolhidos e passam por análises (John Peabody/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 06h46.

Última atualização em 13 de janeiro de 2020 às 06h46.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que os peritos do Instituto de Criminalística trabalham na análise de amostras de cerveja recolhidos na cervejaria Backer na última quinta-feira (9). Os laudos ficarão prontos nos próximos dias.

As autoridades suspeitam de que lotes de cervejas produzidas pela fábrica mineira podem ter sido contaminadas pela substância dietilenoglicol e intoxicado consumidores. Já chega a dez o número de casos suspeitos da síndrome nefroneural, notificados desde 30 dezembro.

Exames acusaram a presença da substância dietilenoglicol no sangue de ao menos três pacientes internados. Uma pessoa morreu, no dia 7 de janeiro, em Juiz de Fora (MG), e os outros nove continuam em tratamento.

Tóxico, o dietilenoglicol costuma ser usado em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes. Exames realizados pelo Instituto de Criminalística comprovaram a presença da substância em amostras da cerveja pilsen Belorizontina, da Backer (lotes L1-1348 e L2-1348), que foram recolhidas nas residências de pacientes internados.

Embora o dietilenoglicol possa ser usado também no processo de refrigeração de cervejas, a Backer garante que não o utiliza em nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos. A Polícia Civil não descarta nenhuma possibilidade de investigação, inclusive sabotagem.

De acordo com a polícia, um supervisor da empresa registrou boletim de ocorrência por crime de ameaça, em 19 de dezembro de 2019, após um funcionário ter sido demitido, mas a pessoa não voltou à delegacia para dar continuidade à ação penal.

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