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Plano da Petrobras prevê barril a US$ 70 em 2016

Segundo diretor, a estatal está sendo conservadora e prevendo o valor em um cenário de taxa de cambio com real mais desvalorizado


	Barris de petróleo: a Petrobras aprovou um plano de desinvestimento no valor de US$ 13,7 bilhões para 2015 e 2016 e o plano faz parte do planejamento financeiro da companhia, que busca reduzir a alavancagem
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Barris de petróleo: a Petrobras aprovou um plano de desinvestimento no valor de US$ 13,7 bilhões para 2015 e 2016 e o plano faz parte do planejamento financeiro da companhia, que busca reduzir a alavancagem (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 14h01.

São Paulo - O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold, afirmou que a companhia está sendo conservadora na elaboração de seu Plano de Negócios.

Durante palestra em evento da revista Carta Capital, em São Paulo, ele afirmou que a estatal leva em conta um cenário para 2016 com um preço de equilíbrio para o barril de petróleo em torno de US$ 70. Para o câmbio, ele afirmou que o plano prevê um real mais desvalorizado.

"Para o preço do petróleo estamos projetando um equilíbrio em torno de US$ 70 e estamos tentando ser mais conservadores para esse Plano de Negócios, com uma taxa de cambio com real mais desvalorizado", declarou. "Com base nesse cenário vamos fazer o plano para 2016", completou.

Repsold, que saiu do evento sem falar com jornalistas, comentou ainda, em sua palestra, sobre a perspectiva de desinvestimentos. "Este ano estamos prevendo aumentar a produção em 2% e fazer um grande volume de desinvestimentos, substituindo alguns ativos por outros que gerem mais caixa", disse.

"Nosso nível de investimentos será diferente daquele que prevíamos em anos mais sedutores, porque a realidade financeira se impõe", acrescentou.

A Petrobras aprovou um plano de desinvestimento no valor de US$ 13,7 bilhões para o biênio 2015 e 2016. O plano faz parte do planejamento financeiro da companhia, que busca reduzir a alavancagem.

Durante a palestra, o executivo mencionou apenas uma vez o processo de investigação de corrupção envolvendo a estatal. "Vamos contar com governança para fugir dessa situação toda que foi deplorável, mas é um caso que estamos superando e vamos seguir em frente", disse.

Ele ainda citou o impairment (reavaliação de ativos) de R$ 44,636 bilhões divulgado nos resultados do quarto trimestre de 2014 da companhia. "Tivemos um prejuízo brutal com impairment, mas que é reversível e, com os preços do petróleo mais altos, podemos recuperar", disse.

"Obviamente que não era para ter acontecido nessa magnitude, mas diversas companhias de petróleo reportaram perdas por impairment, só que nós pagamos um preço maior", afirmou.

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