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Pix: uma revolução também para TIM, Vivo, Oi e Claro (e seus clientes)

Operadoras se adequam para conseguir redução de custos e desenvolver serviços mais atrativos em parcerias com fintechs e outras empresas

PIX: plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central permite transações 24 horas por dia (Victor Prilepa/Exame/Getty Images)

Marina Filippe

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 13h32.

Última atualização em 31 de agosto de 2020 às 13h45.

A chegada do sistema de pagamentos instantâneos Pix promete grandes mudança para os brasileiros. Desenvolvido pelo Banco Central e previsto para estrear em novembro, o sistema que deve substituir DOC, TED e estar disponível 24 horas nos sete dias da semana tem exigido adaptações de todos os envolvidos. Mas, além dos bancos e bandeiras de cartões, que são os óbvios atingidos, outros setores vêm fazendo as contas de suas perdas e ganhos com a inovação.

Nas empresas de telecomunicações, a novidade é vista com bons olhos ao baratear custos e oferecer a possibilidade de novos produtos e serviços.

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Para todas as operadoras do país, a redução de custos imediata poderá ser percebida na emissão de boletos e no pagamento das faturas dos clientes. Executivos do setor estimam que as operadoras brasileiras gastam 1 bilhão de reais por ano com emissão de faturas. "Para a Claro , por exemplo, a lotérica é um dos terminais de pagamento mais caros. Com o Pix, o mercado ficará mais competitivo e as tarifas reduzidas na hora da emissão e do recebimento", diz Mauricio Santos, diretor de soluções e produtos financeiros da Claro. Já para a Oi , a novidade é vista como importante ao aumentar significativamente a capilaridade de arrecadação e se adaptar ao novo ecossistema que está crescendo, além da expectativa de um valor bem menor de custo de arrecadação.

A mudança no pagamento traz benefícios também para o cliente. Após o corte de um serviço devido o atraso no pagamento, a operadora de telecomunicação pode reativar o mesmo em cerca de três dias em média, se considerado o tempo em que o pagamento demora para ser identificado. Com o Pix, o serviço poderá ganhar agilidade e ser reativado no mesmo dia.

Outro ponto importante para as empresas desse setor é conquistar o cliente que poderá ter o numero do celular como uma chave de pagamento. Desse modo, as empresas também estão de olho em desenvolver suas próprias carteiras digitais, ou fazer parcerias com fintechs. A TIM, por exemplo, firmou uma parceria com o C6 Bank. Juntas, as empresas, trabalham para conquistar clientes que utilizam a carteira digital em troca de benefícios. Um cliente da TIM e do C6 poderá, por exemplo, ter acesso a um pacote de dados com preço mais baixo, além de outros serviços e promoções. "Conseguimos pensar em oportunidades que seriam impossíveis apenas enquanto telecom", diz Renato Ciuchini, vice-presidente de estratégia e transformação da TIM.

Outras operadoras afirmam à EXAME que também buscam o modelo ideal. "A Vivo está em processo de adequação ao Pix, avaliando parceiros e soluções disponíveis no mercado, com o objetivo de oferecer a nossos clientes a possibilidade de usar o Pix como um novo meio de pagamento de suas contas.", disse a empresa por meio de nota. Já a Claro ainda analisa a melhor solução, podendo fazer parceria com uma fintech ou desenvolver um novo negócio com a ajuda de outros parceiros.

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