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Pine lançará gestão de recursos e banco de investimento este ano

Objetivo do banco é atender em novas áreas os seus atuais clientes

O Pine minimizou as medidas de contenção de crédito do BC (Divulgação/Banco Central)

O Pine minimizou as medidas de contenção de crédito do BC (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 15h12.

Sâo Paulo - O Banco Pine SA lança este ano uma área de gestão de recursos e outra voltada para atividades de banco de investimento com serviços de consultoria para fusões e aquisições, colocações de títulos e operações estruturadas.

O plano do banco é ampliar o leque de serviços para o universo de 600 grupos empresariais que fazem parte da carteira de clientes da instituição financeira. A área de gestão de recursos já tem autorização para funcionar por meio da Pine DTVM, criada em 2009, disse o vice-presidente de finanças do Pine, Norberto Zaiet, durante entrevista ontem na sede do banco, em São Paulo.

“Não queremos competir com os bancos focados nesse segmento ou com os grandes bancos, mas oferecer mais uma linha de serviços e produtos para clientes que estão crescendo e demandam alternativas de financiamento”, disse o vice- presidente de finanças do Pine.

O Pine já fez a maior parte das contratações de executivo para as novas áreas, disse Zaiet. O banco tem hoje 315 funcionários, 55 a mais do que em dezembro de 2009. O plano, diz o executivo, é fazer mais contratações em 2011, e elevar o quadro de profissionais ao longo do ano. Vão ser reforçadas também as áreas de originação, de distribuição e de suporte do banco.

Zaiet disse que a carteira de crédito do Pine crescerá este ano cerca de 25 por cento em comparação aos números de dezembro de 2010. Os números do ano passado, referentes ao quarto trimestre, serão anunciados no dia 21.

Crédito

“Vamos ganhar mercado com o crescimento de nossos clientes, com a maior oferta de produtos e serviços, e não tirando participação de concorrentes”, disse o executivo. “As medidas macroprudenciais do Banco Central não nos pegaram em nada, porque foram voltadas para o varejo, e nosso foco é o de empresas”.

Segundo o executivo, o Pine tem a maior parte da clientela formada por companhias que faturam entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão por ano. Zaiet disse que a demanda por crédito nesse nicho de mercado no País ampliará mais de 20 por cento em 2011.

A participação do crédito no Produto Interno Bruto brasileiro deve subir para 50 por cento até o fim deste ano, segundo Túlio Maciel, chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central. Maciel disse a jornalistas em Brasília no dia 24 de fevereiro que a queda da participação para 46,5 por cento em janeiro não é uma tendência.

O Pine voltará ao mercado externo por meio da emissão de títulos e de empréstimos sindicalizados, disse o vice-presidente de finanças, sem dar prazo. Neste momento, o banco considera os custos de captação no mercado doméstico mais atraentes.

Custo

“Estamos prontos para emitir”, disse Zaiet. “Mas neste momento, o custo de captar fora não compensa. Vale mais captar aqui.”

Em janeiro, o Pine captou US$ 106 milhões por meio de um empréstimo sindicalizado liderado pelo Inter-American Investment Corp.
Zaiet diz que as letras financeiras ganharão espaço entre as alternativas de captação no mercado interno. O banco fez três operações privadas desse tipo em 2010, que juntas somaram cerca de R$ 15 milhões. Os compradores dos papéis foram investidores institucionais - gestores de recursos de fundações.

As letras financeiras foram criadas pelo governo em 2010 como fonte privada de recursos de longo prazo para os bancos, recebem incentivos tributários e sobre o dinheiro captado não incide compulsório. Desde sua criação até ontem, já foram emitidas cerca de R$ 49 bilhões, segundo dados do website da Cetip.

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