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Peugeot demitirá 8 mil na França para reequilibrar suas contas

Montadora afirmou em comunicado que a decisão é conseqüência da piora do mercado europeu no primeiro semestre

Peugeot: a utilização da capacidade das fábricas europeias do grupo desceu a 76% nesses seis meses, contra 86% do mesmo período do ano passado (Divulgação)

Peugeot: a utilização da capacidade das fábricas europeias do grupo desceu a 76% nesses seis meses, contra 86% do mesmo período do ano passado (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 06h12.

Paris - A fabricante automobilística Peugeot Citröen anunciou nesta quinta-feira que eliminará 8 mil postos de trabalho na França dentro de um plano de reestruturação que busca recuperar a competitividade da empresa.

A companhia indicou em comunicado que a decisão é conseqüência da piora do mercado europeu no primeiro semestre, no qual a produção da Peugeot encolheu 18%.

A utilização da capacidade das fábricas europeias do grupo desceu a 76% nesses seis meses, contra 86% do mesmo período do ano passado, e se prevê perdas de 700 milhões de euros em seu resultado operacional de janeiro a junho.

"A amplitude e o caráter duradouro da crise que afeta nossa atividade na Europa tornaram indispensável nosso projeto de reorganização", indicou na nota o presidente da empresa, Philippe Varin.

Para enfrentar essa redução do negócio e "recuperar o equilíbrio e a capacidade de aplicar" sua estratégia empresarial, o projeto inclui, entre outros pontos, a cessação da produção de sua fábrica em Aulnay em 2014, na qual trabalham 3 mil pessoas.

A empresa acrescentou que sua fábrica em Rennes, dedicada à produção do Peugeot 508 e do Citrën C5 e C6, também se viu afetada pela conjuntura europeia, pelo que se estuda a demissão de 1,4 mil de seus 5,6 mil empregados.

Os outros 3,6 mil funcionários que serão desligados virão de suas demais fábricas no país, dentro do plano de adaptação de sua estrutura ao volume de atividade, redução de custos e melhora de sua eficácia operacional.

O conjunto de medidas anunciadas, segundo a companhia, será detalhado durante a apresentação dos resultados semestrais, em 25 de julho.

Mas seu objetivo, como foi antecipado, é contribuir para o retorno do equilíbrio do fluxo de caixa operacional até o fim de 2014, "antes que os efeitos da aliança com a General Motors sejam observados".

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