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PetroRio negocia compra de campo no mar com Petrobras

Dessa forma, a produção saltaria da média de 2015 de 8,4 mil barris/dia, provenientes do campo de Polvo

Petrobras: Blener Mayhew disse que a empresa já participou de outros três processos de venda de ativos pela petroleira estatal (Mario Tama/ Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2016 às 14h54.

Rio de Janeiro - A petroleira brasileira PetroRio apresentou uma proposta à Petrobras para compra de um campo de petróleo, já em produção, no mar, afirmou à Reuters nesta quinta-feira o diretor financeiro, de novos negócios e de relações com investidores da companhia, Blener Mayhew.

Ele disse que a empresa já participou de outros três processos de venda de ativos pela petroleira estatal, em mar, mas não necessariamente em produção.

Entretanto, nos outros casos, os ativos não despertaram tanto interesse da PetroRio, que colocou em curso estratégia "agressiva" de crescimento por meio de aquisições e fusões para atingir produção de 100 mil barris/dia até o fim de 2017.

Dessa forma, a produção saltaria da média de 2015 de 8,4 mil barris/dia, provenientes do campo de Polvo.

"Agora, no quarto processo que a gente está participando, a gente viu um ativo que a gente realmente está interessado, e a gente apresentou proposta", afirmou Mayhew, à Reuters, após participar de teleconferência com analistas para comentar os resultados da empresa em 2015.

O executivo destacou que a PetroRio tem notado que a estratégia da Petrobras tem sido de apresentar ativos menos atrativos primeiro. "Inclusive, em um dos primeiros processos, eu soube que ninguém apresentou propostas e agora eles estão, gradualmente, colocando coisas mais interessantes à venda", disse Mayhew, sem apresentar detalhes sobre esses ativos.

"A gente já encontrou um que a gente gosta, mas a gente acha que terão outros." Além do ativo da Petrobras, a PetroRio também avalia outros negócios no Brasil e no exterior que podem ser fechados, incluindo ativos em mar, em terra e a possível aquisição de uma empresa. Ele não deu detalhes.

Segundo Mayhew, a empresa tem bancos e fundos de investimentos estrangeiros interessados em apoiar o programa de aquisição da PetroRio.

"A gente tem já uma carta de intenção deles que financiaria até 80 por cento de algum ativo, que já esteja em produção, porque já tem 'cashflow' para servir à dívida", afirmou.

"Se você olhar 80 por cento de dívida, com o nosso caixa de mais ou menos 150 milhões de dólares, a gente consegue comprar ativos de entre 800 milhões e 1 bilhão de dólares."

O lucro líquido da PetroRio foi de 110,4 milhões de reais em 2015, ante prejuízo de 1 bilhão de reais no ano anterior.

A receita líquida foi de 253,1 milhões de reais, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou 150,1 milhões de reais.

Campo de Polvo

Mayhew também afirmou que a PetroRio conseguiu alongar em até quatro anos o tempo de vida útil do campo de Polvo, na Bacia de Campos, até 2020, com redução de custos e melhorias na gestão dos reservatórios, onde avalia a perfuração de novos poços.

As possíveis perfurações na área poderiam acontecer neste ano. Entretanto, Mayhew frisou que ainda é cedo para falar sobre esses planos, que dependerão de estudos e também do comportamento de mercado, muito castigado por preços baixos.

O executivo destacou que em 2013 o custo de operação anual no campo de Polvo era de 240 milhões de dólares e esse valor caiu para 108,9 milhões de dólares em 2015.

A empresa também reduziu custos como um todo. Como exemplo, o executivo destacou que a empresa fechou 2015 com 83 empregados, ante os 380 registrados em 2013.

Foram fechados ainda escritórios da empresa em Manaus (AM), na Namíbia (África), além de Estados Unidos e Canadá.

"Hoje a PetroRio é uma empresa menor, mas eu diria que é uma empresa mais responsável, mais lucrativa e sem dúvida preparada para crescer", afirmou Mayhew.

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Rio de Janeiro - A petroleira brasileira PetroRio apresentou uma proposta à Petrobras para compra de um campo de petróleo, já em produção, no mar, afirmou à Reuters nesta quinta-feira o diretor financeiro, de novos negócios e de relações com investidores da companhia, Blener Mayhew.

Ele disse que a empresa já participou de outros três processos de venda de ativos pela petroleira estatal, em mar, mas não necessariamente em produção.

Entretanto, nos outros casos, os ativos não despertaram tanto interesse da PetroRio, que colocou em curso estratégia "agressiva" de crescimento por meio de aquisições e fusões para atingir produção de 100 mil barris/dia até o fim de 2017.

Dessa forma, a produção saltaria da média de 2015 de 8,4 mil barris/dia, provenientes do campo de Polvo.

"Agora, no quarto processo que a gente está participando, a gente viu um ativo que a gente realmente está interessado, e a gente apresentou proposta", afirmou Mayhew, à Reuters, após participar de teleconferência com analistas para comentar os resultados da empresa em 2015.

O executivo destacou que a PetroRio tem notado que a estratégia da Petrobras tem sido de apresentar ativos menos atrativos primeiro. "Inclusive, em um dos primeiros processos, eu soube que ninguém apresentou propostas e agora eles estão, gradualmente, colocando coisas mais interessantes à venda", disse Mayhew, sem apresentar detalhes sobre esses ativos.

"A gente já encontrou um que a gente gosta, mas a gente acha que terão outros." Além do ativo da Petrobras, a PetroRio também avalia outros negócios no Brasil e no exterior que podem ser fechados, incluindo ativos em mar, em terra e a possível aquisição de uma empresa. Ele não deu detalhes.

Segundo Mayhew, a empresa tem bancos e fundos de investimentos estrangeiros interessados em apoiar o programa de aquisição da PetroRio.

"A gente tem já uma carta de intenção deles que financiaria até 80 por cento de algum ativo, que já esteja em produção, porque já tem 'cashflow' para servir à dívida", afirmou.

"Se você olhar 80 por cento de dívida, com o nosso caixa de mais ou menos 150 milhões de dólares, a gente consegue comprar ativos de entre 800 milhões e 1 bilhão de dólares."

O lucro líquido da PetroRio foi de 110,4 milhões de reais em 2015, ante prejuízo de 1 bilhão de reais no ano anterior.

A receita líquida foi de 253,1 milhões de reais, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou 150,1 milhões de reais.

Campo de Polvo

Mayhew também afirmou que a PetroRio conseguiu alongar em até quatro anos o tempo de vida útil do campo de Polvo, na Bacia de Campos, até 2020, com redução de custos e melhorias na gestão dos reservatórios, onde avalia a perfuração de novos poços.

As possíveis perfurações na área poderiam acontecer neste ano. Entretanto, Mayhew frisou que ainda é cedo para falar sobre esses planos, que dependerão de estudos e também do comportamento de mercado, muito castigado por preços baixos.

O executivo destacou que em 2013 o custo de operação anual no campo de Polvo era de 240 milhões de dólares e esse valor caiu para 108,9 milhões de dólares em 2015.

A empresa também reduziu custos como um todo. Como exemplo, o executivo destacou que a empresa fechou 2015 com 83 empregados, ante os 380 registrados em 2013.

Foram fechados ainda escritórios da empresa em Manaus (AM), na Namíbia (África), além de Estados Unidos e Canadá.

"Hoje a PetroRio é uma empresa menor, mas eu diria que é uma empresa mais responsável, mais lucrativa e sem dúvida preparada para crescer", afirmou Mayhew.

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