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Petroleira russa diz que sofreu "poderoso ataque cibernético"

A companhia anunciou que, graças à atuação de servidores de segurança, o ataque não afetou a produção

Rosneft: a companhia afirmou que "o ataque cibernético poderia ter tido consequências graves" (Dmitry Kostyukov/AFP)

Rosneft: a companhia afirmou que "o ataque cibernético poderia ter tido consequências graves" (Dmitry Kostyukov/AFP)

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AFP

Publicado em 27 de junho de 2017 às 10h59.

A companhia petrolífera russa Rosneft declarou nesta terça-feira ser vítima de um "poderoso ataque cibernético", acrescentando que a produção de petróleo não havia sido interrompida.

"Um ataque informático poderoso visa os servidores do grupo", escreveu Rosneft em sua conta no Twitter.

"O ataque cibernético poderia ter tido consequências graves. No entanto, graças ao fato de que o grupo passou a trabalhar em servidores de segurança, o processo de produção não foi interrompido", explicou o grupo semi-estatal.

"Esperamos que este incidente não esteja relacionado aos processos judiciais em curso", disse o grupo.

Este ataque ocorre no momento em que acontece em um tribunal de Ufa (sul dos Urais) uma audiência de um processo que levanta sérias preocupações no setor dos negócios russo.

A Rosneft, dirigida por Igor Setchine, um empresário próximo do presidente Vladimir Putin, exige 170 bilhões de rublos (2,5 bilhões de euros) da holding Sistema sobre a privatização da petrolífera Bashneft.

Em 2014, uma primeira privatização da Bashneft datando do início dos anos 2000 em favor da holding Sistema, controlada pelo bilionário Vladimir Evtouchenkov, tinha sido anulada por decisão da justiça.

O governo então revendeu a companhia, desta vez para Rosneft, que estima que a reorganização da empresa entre 2013 e 2014 levou a perdas.

Segundo o site financeiro Vedomosti, que cita fontes próximas da Rosneft, todos os computadores de várias estruturas da Bashneft inesperadamente reiniciaram antes de baixar um software e exibir uma mensagem pedindo a transferência de 300 dólares em moeda virtual.

Essa técnica lembra o vírus WannaCry, que atingiu o mundo em maio.

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