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Petrobras vê folga no caixa em 2015 com baixa do petróleo

Petrobras projeta uma geração operacional de R$ 28 bilhões a R$ 32 bilhões em 2015, incluindo pagamento de impostos, antes dos juros, dividendos e amortizações


	Estatal projeta uma geração operacional de 28 bilhões a 32 bilhões de reais em 2015, incluindo pagamento de impostos, antes dos juros, dividendos e amortizações
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Estatal projeta uma geração operacional de 28 bilhões a 32 bilhões de reais em 2015, incluindo pagamento de impostos, antes dos juros, dividendos e amortizações (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 07h55.

São Paulo - A Petrobras projeta uma situação de "folga" em seu caixa em 2015, com a combinação de baixas cotações internacionais do petróleo e manutenção dos preços domésticos de combustíveis, o que garantirá liquidez companhia, sem necessidade de recorrer a novas dívidas, disse a companhia nesta quarta-feira.

A Petrobras projeta uma geração operacional de 28 bilhões a 32 bilhões de reais em 2015, incluindo pagamento de impostos, antes dos juros, dividendos e amortizações. A empresa trabalha com projeções de preços do petróleo Brent entre 50 e 70 dólares por barril e taxa de câmbio entre 2,60 e 2,80 reais por dólar.

"Nossa posição de caixa vem sendo favorecida pela forte redução do preço do Brent nos últimos 3 meses e possui folga em relação aos valores que julgamos suficientes para manter nossas operações com a liquidez necessária ao longo do ano", disse a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, em comentários publicados junto com o balanço não auditado da companhia para o terceiro trimestre de 2014.

Depois de longo período de defasagem dos preços da gasolina e do diesel no Brasil na comparação com o mercado internacional, com grandes prejuízos para a área de abastecimento, a Petrobras vive atualmente situação oposta: lucra com a venda de combustíveis no mercado doméstico acima dos patamares globais.

"A companhia reafirma a manutenção da política de preços de diesel e gasolina não repassando a volatilidade do mercado internacional, o que, na situação atual, favorece excepcionalmente o caixa", afirmou a executiva. O Brent acumula perdas de quase 60 por cento desde junho.

Graça Foster, como a presidente da empresa prefere ser chamada, reforçou que não haverá necessidade de recorrer a novas dívidas em 2015.

Em relação aos investimentos, a Petrobras disse que irá reduzir o ritmo de alguns projetos, principalmente os que teriam baixa contribuição ao caixa nos próximos dois anos.

O orçamento para 2015 deve ser de 31 bilhões a 33 bilhões de dólares. Considerando a faixa de câmbio prevista pela estatal para este ano, os investimentos poderiam ficar entre 80,6 bilhões e 92,4 bilhões de reais (média de 86,5 bilhões de reais), não muito distante da projeção de 83,4 bilhões de reais que chegou a ser feita meses atrás.

A Petrobras disse ainda que poderá manter o nível de desinvestimento em 2015 semelhante ao verificado em 2014, dependendo da evolução das condições de mercado.

Em relação à produção de petróleo no Brasil, a estatal planeja aumentar o volume em 4,5 por cento em 2015 ante 2014, com variação de 1 ponto percentual na meta para mais ou para menos.

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