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Petrobras vai analisar pedido do governo por ajuda a térmicas

A petroleira estatal ressaltou, no entanto, que não vai flexibilizar algumas importantes exigências comerciais para atender às térmicas

Petrobras: "A Petrobras receberá com todo o interesse e analisará tecnicamente todas as demandas" (Mario Tama/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 18h59.

São Paulo - A Petrobras vai avaliar o pleito de um comitê do governo federal por esforços da companhia para retomar o fornecimento de combustível a algumas termelétricas que estão paradas, diante de um cenário negativo de chuvas na região das hidrelétricas, mas a demanda será analisada "tecnicamente".

Na quarta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou que enviará correspondência à Petrobras "solicitando gestão da empresa no sentido de viabilizar o fornecimento de combustível" para algumas usinas.

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A petroleira estatal ressaltou, no entanto, que não vai flexibilizar algumas importantes exigências comerciais para atender às térmicas, mesmo após o pedido do comitê governamental e com o baixo nível dos reservatórios das usinas hídricas, principal fonte de geração do país.

"A Petrobras receberá com todo o interesse e analisará tecnicamente todas as demandas... para reduzir o risco no mercado energético nacional. Fará isso desde que sejam atendidas as condições comerciais definidas pela empresa e sem qualquer subsídio concedido ou impedimentos de natureza jurídica", disse a estatal em nota à Reuters.

O comunicado do CMSE não listou as usinas que precisariam de esforços para ter a produção retomada.

Questionada pela Reuters, a Petrobras também não forneceu mais informações sobre as termelétricas relacionadas ao pleito do CMSE e nem os motivos que levaram à interrupção no fornecimento a elas.

No final de setembro, no entanto, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse que os esforços devem se concentrar neste momento em usinas consideradas de baixo custo, como a térmica Araucária, da Copel, a de Cuiabá, da Âmbar, do grupo J&F, e a Termonorte III, de um produtor independente.

No caso da usina da Âmbar, o contrato com a Petrobras foi rescindido pela petroleira após executivos da J&F, controladora do grupo de alimentos JBS, admitirem prática de corrupção em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

A Petrobras não definiu o que seria subsídio.

Atualmente, além da disputa com a Âmbar Energia, a Petrobras entrou em uma briga judicial com a Eletrobras para não precisar fornecer combustível a uma usina da estatal no Amazonas devido a dívidas anteriores da empresa.

A elétrica federal, no entanto, conseguiu assegurar o suprimento com uma decisão judicial, que a Petrobras vem tentando derrubar.

 

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