Petrobras terá de importar mais gasolina em 2012
Há pelo menos quatro justificativas para a necessidade de a petroleira comprar combustível no mercado externo
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 17h24.
Rio de Janeiro - A Petrobras precisará importar ainda mais gasolina em 2012 do que importou este ano. Há pelo menos quatro justificativas para a necessidade de a petroleira comprar combustível no mercado externo: a insuficiente produção de etanol; as refinarias brasileiras não têm mais como aumentar a produção, atuam no limite; a demanda por gasolina no mercado interno deverá crescer nos próximos 12 meses; e cerca de 3,5 milhões de novos veículos chegarão às ruas do país.
As importações de gasolina neste ano já atingiram patamares que nem a Petrobras esperava quando, ainda em 2010, traçou suas estratégias para o exercício atual. O diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, revelou ontem que de janeiro a novembro a estatal do petróleo importou por dia, em média, 45 mil barris. Até o fim do ano, essa média poderá chegara a 47 mil barris de gasolina comprados no exterior diariamente, o que representará 400% de aumento das importações na comparação com 2010. A demanda diária brasileira é de 432 mil barris ao dia
Até 2009 a Petrobras exportava gasolina. Como indicativo de que a situação de dois anos atrás não se repetirá a curto prazo, ainda mais porque a produção de etanol em 2012 tende a não avançar, Costa anunciou que só em dezembro serão adquiridos cerca de 100 mil barris diários no mercado internacional.
Descolamento
Desde o ano passado, de acordo com o diretor de Abastecimento, houve "um descolamento" entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o consumo interno de derivados de petróleo. Costa disse que a previsão de crescimento da economia entre 3% e 3,5% em 2011 não se reflete nos gastos com gasolina, que terão aumentado 8% este ano. No ano passado, com 7,5% de expansão do PIB, o consumo foi de 10%.
A procura por óleo diesel também cresceu. A alta foi de 9,3% em comparação ao ano passado, quando a expansão, em relação a 2009, havia sido de 9%. No caso do diesel, a Petrobras tem uma dependência externa até maior do que a da gasolina. De janeiro a novembro deste ano a petroleira precisou importar 176 mil barris diários para atender ao mercado brasileiro (crescimento de 19% em comparação com 2010, quando foram importados 148 mil barris), que consome 862 mil barris.
De acordo com o diretor de Abastecimento, só a partir de 2013, quando está prevista a inauguração da primeira unidade da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a Petrobras terá condições de aumentar a produção de gasolina e de diesel. A produção planejada para a futura refinaria será 75% de diesel e 25% de gasolina. Assim, as refinarias antigas espalhadas pelo Brasil poderão reduzir a produção de diesel e investir na de gasolina.
Rio de Janeiro - A Petrobras precisará importar ainda mais gasolina em 2012 do que importou este ano. Há pelo menos quatro justificativas para a necessidade de a petroleira comprar combustível no mercado externo: a insuficiente produção de etanol; as refinarias brasileiras não têm mais como aumentar a produção, atuam no limite; a demanda por gasolina no mercado interno deverá crescer nos próximos 12 meses; e cerca de 3,5 milhões de novos veículos chegarão às ruas do país.
As importações de gasolina neste ano já atingiram patamares que nem a Petrobras esperava quando, ainda em 2010, traçou suas estratégias para o exercício atual. O diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, revelou ontem que de janeiro a novembro a estatal do petróleo importou por dia, em média, 45 mil barris. Até o fim do ano, essa média poderá chegara a 47 mil barris de gasolina comprados no exterior diariamente, o que representará 400% de aumento das importações na comparação com 2010. A demanda diária brasileira é de 432 mil barris ao dia
Até 2009 a Petrobras exportava gasolina. Como indicativo de que a situação de dois anos atrás não se repetirá a curto prazo, ainda mais porque a produção de etanol em 2012 tende a não avançar, Costa anunciou que só em dezembro serão adquiridos cerca de 100 mil barris diários no mercado internacional.
Descolamento
Desde o ano passado, de acordo com o diretor de Abastecimento, houve "um descolamento" entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o consumo interno de derivados de petróleo. Costa disse que a previsão de crescimento da economia entre 3% e 3,5% em 2011 não se reflete nos gastos com gasolina, que terão aumentado 8% este ano. No ano passado, com 7,5% de expansão do PIB, o consumo foi de 10%.
A procura por óleo diesel também cresceu. A alta foi de 9,3% em comparação ao ano passado, quando a expansão, em relação a 2009, havia sido de 9%. No caso do diesel, a Petrobras tem uma dependência externa até maior do que a da gasolina. De janeiro a novembro deste ano a petroleira precisou importar 176 mil barris diários para atender ao mercado brasileiro (crescimento de 19% em comparação com 2010, quando foram importados 148 mil barris), que consome 862 mil barris.
De acordo com o diretor de Abastecimento, só a partir de 2013, quando está prevista a inauguração da primeira unidade da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a Petrobras terá condições de aumentar a produção de gasolina e de diesel. A produção planejada para a futura refinaria será 75% de diesel e 25% de gasolina. Assim, as refinarias antigas espalhadas pelo Brasil poderão reduzir a produção de diesel e investir na de gasolina.