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Lucro da Petrobras cai 15% e chega a R$ 316 milhões no 2º tri

Sobre os três primeiros meses do ano, o recuo foi ainda maior, de 93%, reflexo, principalmente, do aumento do imposto de renda e contribuição social

Petrobras: o Ebitda ajustado somou 19,094 bilhões de reais no segundo trimestre (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

Petrobras: o Ebitda ajustado somou 19,094 bilhões de reais no segundo trimestre (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 18h25.

Última atualização em 10 de agosto de 2017 às 18h53.

São Paulo - A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 316 milhões no segundo trimestre deste ano, com queda de 14,6% ante lucro líquido de R$ 370 milhões no mesmo período de 2016 e declínio de 93% em relação ao ganho de R$ 4,449 bilhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.

A petroleira justificou em release de resultados que o lucro líquido do segundo trimestre permaneceu no mesmo patamar em relação a igual período de 2016, em função das menores margens de derivados, da diminuição do volume vendido e da redução das despesas operacionais.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 19,094 bilhões, baixa de 6,6% em relação ao mesmo intervalo de 2016 e diminuição de 24% ante o primeiro trimestre deste ano.

A receita líquida somou R$ 66,996 bilhões no período, o que significa um declínio de 6,06% na comparação anual e de 2% na trimestral.

O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 8,835 bilhões no trimestre encerrado em junho, ante uma cifra negativa em R$ 6,061 bilhões de igual trimestre de 2016 e despesas financeiras líquidas de R$ 7,755 bilhões no primeiro trimestre de 2017.

O lucro líquido de R$ 316 milhões registrado pela Petrobras no segundo trimestre deste ano ficou 88,9% abaixo das expectativas de analistas consultados pela Prévias Broadcast que indicaram lucro de R$ 2,841 bilhões no intervalo, conforme a média das estimativas de seis bancos (Itaú BBA, Santander, Morgan Stanley, UBS, JPMorgan e Credit Suisse).

Já o Ebitda ajustado de R$ 19,094 bilhões reportado no trimestre encerrado em junho ficou quase 12% abaixo da média das estimativas dos analistas, de R$ 21,684 bilhões.

No caso da receita líquida, a petroleira anunciou R$ 66,996 bilhões no período, montante inferior à média de R$ 67,514 bilhões esperada pelos analistas.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado reportado pela companhia está em linha com as projeções quando a diferença entre os números é de até 5% para cima ou para baixo.

Investimentos

Os investimentos da Petrobras totalizaram R$ 11,451 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que representa um recuo de 14,8% ante igual intervalo de 2016 e de 1% em relação aos desembolsos do primeiro trimestre.

No semestre, os investimentos totalizaram R$ 22,993 bilhões, queda de 21% ante os R$ 29,028 bilhões aportados em igual período de 2016.

A maior parte dos investimentos no segundo trimestre do ano foi direcionada à área de Exploração e Produção (E&P), que recebeu R$ 9,088 bilhões.

Na sequência, apareceram os setores de Gás & Energia, com R$ 1,113 bilhão, de Abastecimento, com aporte de R$ 1,059 bilhão, Corporativo, com R$ 99 milhões, Distribuição, com R$ 77 milhões, e Biocombustível, com R$ 15 milhões.

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