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Petrobras reduz refino de petróleo com menor demanda

Redução no consumo de derivados e paradas para manutenção levara a estatal a reduzir o processamento de petróleo em refinarias

Petrobras: a estatal não informou especificamente qual combustível está sendo menos consumido no país (Arquivo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 18h16.

Rio de Janeiro - Uma redução no consumo de derivados de petróleo no Brasil e paradas programadas para manutenção levaram a Petrobras a reduzir o processamento da commodity em suas refinarias nos quatro primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, informou a petroleira à Reuters.

A Petrobras não informou especificamente qual combustível está sendo menos consumido no país, mas dados dos distribuidores apontam uma queda no consumo de gasolina no primeiro trimestre, com o etanol hidratado mais competitivo após um aumento de preços do combustível fóssil no Brasil no final do ano passado.

A redução do uso da capacidade instalada de refinarias acontece ao mesmo tempo em que os derivados de petróleo estão sendo comercializados no exterior a valores mais baixos que no mercado interno, pela queda do petróleo, favorecendo importações de gasolina e diesel pelo Brasil.

A Petrobras não respondeu se está reduzindo o processamento de petróleo por estar encontrando condições mais favoráveis para a importação de combustíveis.

Afirmou apenas que "o nível de processamento das nossas refinarias é definido mensalmente buscando o melhor resultado para a empresa, mantendo o compromisso de atender o mercado brasileiro de combustíveis".

A Petrobras não informou quais as manutenções realizadas em refinarias em março e abril, mas destacou, por meio de sua assessoria de imprensa, que todas as paradas para manutenção em refinarias já tinham sido concluídas.

No primeiro bimestre, paradas para manutenção foram apontadas pela Petrobras como fator para a queda no refino. Naquela oportunidade, a estatal não citou uma menor demanda no país.

Para abril, a Petrobras antecipou à Reuters que o volume de petróleo processado será similar ao de março, quando houve uma queda de 8,2 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, para 1,96 milhão de barris por dia, segundo dados do regulador (ANP). A estatal não forneceu números sobre o processamento.

Ainda não divulgou resultados sobre o primeiro trimestre, o que é esperado para 15 de maio.

Em abril de 2014, o processamento de petróleo no Brasil foi de 2,1 milhões de barris por dia. A estatal fechou o ano passado com números recordes de refino.

"A redução observada no processamento das refinarias em março de 2015, comparada a março de 2014, teve como motivos a menor demanda do mercado brasileiro e a indisponibilidade de alguns ativos do sistema por paradas de manutenção", afirmou a Petrobras em e-mail enviado à Reuters.

"Em abril o processamento será similar ao de março, em razão do planejamento logístico de atendimento à demanda doméstica e também, em parte, por paradas de manutenção já concluídas."

Dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que houve uma queda do refino de petróleo no país de 6,7 por cento no primeiro trimestre de 2015, ante o mesmo período de 2014, enquanto as importações de combustíveis subiram 4,2 por cento --a ANP ainda não divulgou dados de abril.

Enquanto a Petrobras reduziu a atividade de suas refinarias, petroleiras gigantes como Exxon, BP e Total apostaram em refino no primeiro trimestre, como parte de uma estratégia para reduzir perdas com os baixos preços do petróleo.

A iniciativa permitiu que os resultados no primeiro trimestre do ano para essas companhias fossem melhores do que o esperado.

*Texto atualizado às 18h15

São Paulo – Com atraso, a Petrobras divulgou na noite de ontem o balanço financeiro de 2014 auditado da companhia, com um prejuízo histórico: R$ 21,6 bilhões. As perdas com corrupção também foram registradas desta vez no relatório auditado. Segundo a empresa, o prejuízo com desvios de verbas irregulares foi de R$ 6,2 bilhões. Os investimentos feitos no período foram menores que os do ano anterior – e devem ser ainda mais baixos neste ano e em 2016. Veja, a seguir, 15 dos principais números divulgados pela estatal em seu balanço.
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    17 /17(Nacho Doce/Reuters)

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