Petrobras reduz previsão de recursos com vendas de ativos em 2016
Em agosto, quando a Petrobras detalhava números sobre o 2º tri, a companhia previa que US$ 14,6 bi de desinvestimentos entrassem no caixa em 2016
Reuters
Publicado em 11 de novembro de 2016 às 21h27.
São Paulo - A Petrobras reduziu fortemente a sua previsão de entrada de recursos em caixa advindos de desinvestimentos em 2016, para 6,5 bilhões de dólares, segundo apresentação divulgada nesta sexta-feira durante teleconferência para comentar os resultados do terceiro trimestre.
Em agosto, quando a Petrobras detalhava números sobre o segundo trimestre, a companhia tinha previsão de que 14,6 bilhões de dólares de desinvestimentos entrassem no caixa em 2016.
Apesar da mudança na previsão, o diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, disse que a empresa mantém a projeção de meta de desinvestimentos de 15,1 bilhões de dólares no período de 2015-2016, o que indica que todos os negócios poderão ser fechados ainda este ano, mas não necessariamente embolsados até dezembro.
Na véspera, ele afirmou a jornalistas que a empresa, apesar de manter sua meta de desinvestimentos, tem grande desafio pela frente, a menos de dois meses para o final de 2016.
A Petrobras informou ainda na apresentação que o valor das transações de desinvestimentos já assinadas somam 9,8 bilhões de dólares, ou 65 por cento da meta do plano 2015-2016.
A empresa ressaltou que estão em fase final de negociação a venda da Liquigás, da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), além dos campos de Baúna e de Tartaruga Verde.
Com a redução da expectativa de entrada de recursos dos desinvestimentos ainda em 2016, o saldo final do caixa da empresa em 2016 foi estimado em 22,5 bilhões de dólares, ante 27,3 bilhões na projeção de agosto.
Simultaneamente, a Petrobras reduziu a estimativa de investimentos em 2016 para 14,5 bilhões de dólares, ante 17,5 bilhões de dólares na projeção anterior.