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Petrobras prevê teste em área descoberta em Sergipe ainda em 2019

Descoberta deve gerar R$ 7 bilhões de receita anual à estatal e sócias, calcula a consultoria Gas Energy

Aposta do governo é que, em pouco tempo, deva sair de Sergipe o gás mais barato do país (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 17 de junho de 2019 às 10h16.

Última atualização em 17 de junho de 2019 às 10h17.

São Paulo — A Petrobras prevê realizar ainda em 2019 um teste de longa duração em uma das áreas com potencial para produção de gás natural descobertas em águas profundas na bacia de Sergipe, informou a empresa em comunicado nesta segunda-feira.

A petroleira divulgou o comunicado após o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado no domingo que uma descoberta na bacia de Sergipe seria a maior da empresa desde o pré-sal, em 2006, com potencial para extração de 20 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

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A Petrobras, no entanto, não divulgou números sobre o potencial da região, afirmando apenas que nos últimos anos foram confirmadas seis descobertas na bacia -- as áreas de Cumbe, Barra, Farfan, Muriú, Moita Bonita e Poço Verde, todas já comunicadas ao mercado.

Segundo a companhia, seu Plano de Negócios e Gestão para o período 2019-2023 contempla "orçamento para a instalação de um sistema de produção" na Bacia de Sergipe, mas os estudos sobre o projeto estão em fase inicial.

"A companhia está realizando o Plano de Avaliação da Descoberta dessas áreas, para avaliação do potencial produtivo de suas acumulações de petróleo e gás natural", afirmou a Petrobras.

Divulgada no mês passado, a descoberta deve gerar R$ 7 bilhões de receita anual à estatal e sócias, calcula a consultoria Gas Energy.

Na avaliação do governo, a conquista pode ajudar a tirar do papel o esperado “choque de energia barata” prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes – plano para baratear em até 50% o custo do gás natural e “reindustrializar” o País.

A aposta do governo é que, em pouco tempo, deva sair de Sergipe o gás mais barato do Brasil. Primeiro, pelo próprio aumento da produção, que ajuda na redução dos custos. Segundo, pela entrada em operação de rivais da petroleira, como a americana ExxonMobil, que tem projetos de exploração na região. Por fim, pela presença de empresas importadoras de gás, que também vão concorrer pela infraestrutura de escoamento. Dessa maneira, a tendência é de redução na tarifa de transporte e, com isso, também do preço final do produto.

“Vamos ter competição. É isso que vai fazer o preço baixar”, afirma o secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Felix, que participa da elaboração do plano de Guedes.

O teste de longa duração previsto para este ano na área de Farfan terá como objetivo obter informações que subsidiem estudos para uma melhor caracterização da rocha-reservatório e dos fluidos da área, acrescentou a estatal.

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