Negócios

Petrobras prevê mais demissões e lança metas de segurança

A estatal prevê desinvestimentos de 19,5 bilhões de dólares para o biênio de 2017 e 2018, além dos 15,1 bilhões projetados em vendas de ativos entre 2015 e 2016


	Petrobras: "Toda vez que a gente fizer uma parceria ou desinvestimento, haverá um plano de demissões voluntárias"
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras: "Toda vez que a gente fizer uma parceria ou desinvestimento, haverá um plano de demissões voluntárias" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 17h26.

Rio de Janeiro - A Petrobras planeja melhorar os indicadores de segurança enquanto prevê novos cortes de empregos, diante do bilionário plano de venda ativos, afirmou nesta terça-feira o presidente da petroleira estatal, Pedro Parente, que evitou estimar quantos empregos poderão ser cortados.

A estatal prevê desinvestimentos de 19,5 bilhões de dólares para o biênio de 2017 e 2018, além dos 15,1 bilhões projetados em vendas de ativos entre 2015 e 2016.

"Toda vez que a gente fizer uma parceria ou desinvestimento, haverá um plano de demissões voluntárias", afirmou o executivo a jornalistas, após apresentar o novo Plano de Negócios.

No início do mês, a empresa publicou que 11.704 empregados aderiram ao Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) de 2016, o equivalente a cerca de 20 por cento da força de trabalho permanente da companhia.

Além disso, segundo a Petrobras, 114 mil prestadores de serviços foram desligados desde dezembro de 2014 até o momento.

"Isso (programa de demissões) será oferecido aos funcionários e qual o número que isso vai resultar, cada transação (de venda de participação em ativos) é que vai indicar."

Diante dos riscos de demissão, os sindicados de petroleiros têm realizado fortes manifestações e estão se reunindo para discutir a possibilidade de uma greve, onde também reivindicam melhores condições de trabalho, segurança e o reajuste salarial.

As federações que representam os funcionários da Petrobras rejeitaram fortemente na sexta-feira uma proposta feita pela companhia para um acordo salarial e de benefícios, em sua negociação anual, aumentando o risco de greve.

Metas para a segurança 

No novo plano de negócios, a Petrobras acrescentou metas para o aumento da segurança dos seus funcionários.

"Não podemos olhar pelo custo, mas pela relevância que representa trazer a métrica de acidentados registráveis para um número mais próximo daquilo que praticam as melhores do setor", afirmou Parente a jornalistas.

A empresa traçou como meta reduzir em 36 por cento o indicador, chamado pela empresa de taxa de acidentados registráveis por milhão de homens-hora (TAR), para 1,4 em 2018, ante 2,2 em 2015, como forma de aumentar a segurança na empresa.

"Eu pediria para que vocês não dessem menor relevância ao tema da segurança, que para nós é uma tema absolutamente fundamental", disse Parente no encerramento da coletiva.

A melhora nos indicadores de acidentes, segundo Parente, exigirá uma mudança cultural e de foco nas ações de segurança.

De acordo com o presidente, a petroleira lançará um novo programa chamado o Compromisso pela Vida, que terá envolvimento direto das lideranças e será baseado num reforço de segurança de processos baseado em risco para garantir a integridade das instalações e sistemas da companhia, assim como um sistema de consequências para desvios de padrões e ações integradas.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasDemissõesDesempregoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisgestao-de-negociosIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Empreendedorismo feminino cresce com a digitalização no Brasil

Quanto aumentou a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo desde 2000?

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi