Petrobras pode rever uso da Amazon após espionagem
Novo membro do conselho vai pedir que estatal reconsidere o uso da Amazon.com como fornecedor diante das acusações de que NSA espiona alvos estrangeiros
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 16h11.
Rio de Janeiro - O novo membro do conselho de administração da Petróleo Brasileiro vai pedir que a petroleira estatal reconsidere o uso da Amazon.com como fornecedor de serviços diante das acusações de que a agência de segurança dos EUA espiona alvos estrangeiros através dos dados compilados pelas corporações dos EUA.
Usar a Amazon para o armazenamento de dados “é uma preocupação”, disse por telefone Silvio Sinedino, que começará no próximo mês um segundo mandato no conselho da Petrobras, com sede no Rio de Janeiro, como representante dos trabalhadores. “Esta é uma das questões que levarei ao conselho”.
Sinedino planeja conseguir uma revisão do acordo com a Amazon e os legisladores brasileiros se preparam para votar uma lei que inclui uma proposta do governo que requer que as empresas armazenem as informações de usuários brasileiros em data centers locais.
A provisão foi solicitada em setembro, após as revelações de que a agência de segurança dos EUA coleta informações de usuários de empresas virtuais com sede nos EUA. A Amazon não foi vinculada ao escândalo da agência de segurança dos EUA.
O site da Petrobras está hospedado em servidores da Amazon nos EUA, na chamada área do norte da Virgínia, de acordo com Netcraft.com. A Amazon já tem servidores em seus serviços web na região de São Paulo desde 2011, de acordo com o site da empresa.
Os clientes da Amazon escolhem entre 10 regiões em onde preferem que seus dados sejam armazenados, disse Mary Camarata, porta-voz da Amazon, em resposta por e-mail. A Amazon não transfere os dados a outra região depois que os clientes escolhem, mas os clientes podem fazer isso por conta própria, disse Camarata.
Para a Amazon, “a segurança é sempre nossa maior prioridade”, disse Camarata. A empresa com sede em Seattle adota “as melhores práticas para permitir que clientes armazenem conteúdo de forma segura”, disse. A Amazon tem a agência americana CIA como cliente.
Informações públicas
“Todas as informações hospedadas nos servidores da Amazon são públicas e a Petrobras tem interesse em divulgar isso”, disse a assessoria de imprensa da empresa brasileira em resposta por e-mail.
“Dada a natureza dessas informações, a localização dos servidores não é relevante. Informações de negócios são armazenadas segundo procedimentos e tecnologias reconhecidos como as melhores práticas de mercado na proteção da rede interna, dos dados e das informações”.
Programas secretos da agência de segurança dos EUA que incluem a coleta de bilhões de registros telefônicos em massa de operadoras coma a Verizon Communications e o acesso ilegal a cabos de fibra ótica no exterior para roubar e-mails e dados da Internet da Google e da Yahoo! foram revelados depois que Edward Snowden, ex-funcionário da agência de segurança, vazou documentos informativos no ano passado.
O diretor da agência de segurança dos EUA, Keith Alexander, disse ao comitê de serviços armados do senado americano no dia 27 de fevereiro que a agência realizou 40 modificações em seus sistemas, desenvolveu capacidades aprimoradas para identificar ameaças internas e realizou mais verificações aleatórias de segurança.
Rio de Janeiro - O novo membro do conselho de administração da Petróleo Brasileiro vai pedir que a petroleira estatal reconsidere o uso da Amazon.com como fornecedor de serviços diante das acusações de que a agência de segurança dos EUA espiona alvos estrangeiros através dos dados compilados pelas corporações dos EUA.
Usar a Amazon para o armazenamento de dados “é uma preocupação”, disse por telefone Silvio Sinedino, que começará no próximo mês um segundo mandato no conselho da Petrobras, com sede no Rio de Janeiro, como representante dos trabalhadores. “Esta é uma das questões que levarei ao conselho”.
Sinedino planeja conseguir uma revisão do acordo com a Amazon e os legisladores brasileiros se preparam para votar uma lei que inclui uma proposta do governo que requer que as empresas armazenem as informações de usuários brasileiros em data centers locais.
A provisão foi solicitada em setembro, após as revelações de que a agência de segurança dos EUA coleta informações de usuários de empresas virtuais com sede nos EUA. A Amazon não foi vinculada ao escândalo da agência de segurança dos EUA.
O site da Petrobras está hospedado em servidores da Amazon nos EUA, na chamada área do norte da Virgínia, de acordo com Netcraft.com. A Amazon já tem servidores em seus serviços web na região de São Paulo desde 2011, de acordo com o site da empresa.
Os clientes da Amazon escolhem entre 10 regiões em onde preferem que seus dados sejam armazenados, disse Mary Camarata, porta-voz da Amazon, em resposta por e-mail. A Amazon não transfere os dados a outra região depois que os clientes escolhem, mas os clientes podem fazer isso por conta própria, disse Camarata.
Para a Amazon, “a segurança é sempre nossa maior prioridade”, disse Camarata. A empresa com sede em Seattle adota “as melhores práticas para permitir que clientes armazenem conteúdo de forma segura”, disse. A Amazon tem a agência americana CIA como cliente.
Informações públicas
“Todas as informações hospedadas nos servidores da Amazon são públicas e a Petrobras tem interesse em divulgar isso”, disse a assessoria de imprensa da empresa brasileira em resposta por e-mail.
“Dada a natureza dessas informações, a localização dos servidores não é relevante. Informações de negócios são armazenadas segundo procedimentos e tecnologias reconhecidos como as melhores práticas de mercado na proteção da rede interna, dos dados e das informações”.
Programas secretos da agência de segurança dos EUA que incluem a coleta de bilhões de registros telefônicos em massa de operadoras coma a Verizon Communications e o acesso ilegal a cabos de fibra ótica no exterior para roubar e-mails e dados da Internet da Google e da Yahoo! foram revelados depois que Edward Snowden, ex-funcionário da agência de segurança, vazou documentos informativos no ano passado.
O diretor da agência de segurança dos EUA, Keith Alexander, disse ao comitê de serviços armados do senado americano no dia 27 de fevereiro que a agência realizou 40 modificações em seus sistemas, desenvolveu capacidades aprimoradas para identificar ameaças internas e realizou mais verificações aleatórias de segurança.